Caro coordenador do jornal O PAÍS, saudações e óptima Quinta-feira!… Nos últimos tempos, crianças e adolescentes, não sei ao certo se é ou não por conta da crise que afecta o país, são vistas em pontos onde se pesam materiais ferrosos, em Luanda e arredores.
O valor, muito pouco, o qual arrecadam tem servido para sustentar famílias de baixa renda em que os progenitores ainda estão em vida, mas sem quaisquer recursos. Isto é um fenómeno que preocupa qualquer cidadão ou responsável de uma família restrita ou alargada, porque as dificuldades por que elas passam são tantas…
Por conta do que passam, são obrigadas a conhecerem muito cedo os contentores e as ruas de Luanda, onde retiram o material ferroso para irem pesar. O Instituto Nacional da Criança e outras instituições afins devem criar um programa para salvar uma geração que até ao momento não se sabe o que será dela. Nas ruas e nos contentores onde circulam essas crianças, elas acabam por adquirir vários vícios os quais já não largam, visto que até condicionam o organismo.
Mais do que proibir, penso que a estabilidade das famílias deve ser a preocupação do Executivo de modo a garantir uma melhor distribuição da riqueza, gerando empregos para a satisfação das necessidades básicas e um melhor acompanhamento às crianças dentro e fora de casa.