Eis chegado Fevereiro, um mês tão esperado por muitos angolanos. Se quiserem saber, há de sobras razões para os mwangolés adorararem-no. Só para citar uma: o número 4.
O número dos angolanos, porque um tal servo de Deus dos brancos, teria perpetrado ajudar os pobres negros que viviam sobre as núvens de um jugo colonial, Cônego Maria Das Neves, que agora não é tido por ninguém, maior parte dos mwangolês não o conhece.
Mas nisso tudo ainda nos resta fazer uma questão e esperamos não ferir sensiblidades: mas se Deus dos brancos foi capaz de enviar um dos seus súbitos por que não pode ser nosso Deus também? Afinal mostrou um pingo de preocupação com os negros.
Entretanto, não quero navegar profundamente por estas águas, porque este tema se escrito, daria a um calhamaço como as obras daquele escritor irlandês, Jaime Joyce.
Reiterando ainda aqui a maka do número 4, o objectivo do Deus dos brancos teria sido alcançado uma década e meia mais tarde.
Depois de alcançado , os mwangolês ficaram com tudo e aprenderam tudo.
Mas tudo mesmo? Espero não estar a cair em hipérboles, porque ficaram com tudo, mas aprenderam nada.
Patavina mesmo. Não, aprenderam quase nada.
E ainda neste aprender com o sabor de ‘’ quase’’ quase que deram outros entendimentos aos entendimentos dos colonizadores.
Os pretos tornaramse brancos no ideal epstemológico, parece que o lusotropicalismo teve a sua grande efectividade nos negros Mwangolês.
Porém, não queremos falar de ‘’ismos’’, hoje mesmo o nosso foco é Fevereiro e aquele certo dia que muitos gostariam que o Estado considerasse feriado, já que disso Angola tem de sobra, portanto não se percebe mesmo porque é que este dia não é assim tido, pois não teria mal nenhum, visto que o nosso país é o único em que uma banana é pai, andamos de patas para o ar até em datas comemorativas.
Sobre este mês: Fevereiro.
Com certeza que uma boa parte das pessoas nunca se esquece do mesmo, não só por ser o mais curto, mas sobretudo por ter um dia especial, o 14, dia dos namorados que por sinal é o dia de hoje.
Este dia, na verdade, seria a priori para aquelas tampas que têm as suas panelas, no entanto, o mwangolé conhece o fruto proibido muito cedo, por isso, possivelmente, não seria exagerado afirmar-se que é comemorado por todos, mas não queremos arriscar, portanto retiramos o afirmado.
Outra verdade é que escrever no dia de hoje, é complicado, porque quase que ninguém lê. Quem por acaso em sã sensatez reservaria um espaço do pouco tempo que tem para erudição? Ninguém.
Muitos amantes vão atrás de seus (Pseudo) amores de modo a demonstrar prova de amores inimagináveis. Sem nexo! Que nos leva a pensar: se o Deus dos brancos permitisse uma epifania de Valentim só aqui em Angola, ficaria mesmo satisfeito com a forma como se comemora a sua data, a sua canonização? Penso que ficaria macambúzio, sisudo, sorumbático porque o que sucede é uma vergonha, principalmente para as senhoras.
Espero que não seja mal interpretado, mas temos de convir que por causa da questão cultural ainda é muito chocante digerir algumas atitudes daquelas mulheres que se consideram evoluídas, actualizadas, optando a comportamentos que de alguma maneira chocam com a nossa cultura.
Por outro lado, os próprios homens acabam por normalizar estas mulheres, porquanto constituem a preferência, uma clara tentativa de normalizar a promiscuidade que nalgumas vezes é mesmo insinuada pela própria cultura.
Por isso, muitos homens acabam amíude em suicídio, uma espécie de feitiço a virar-se contra o feiticeiro. Uma coisa certamente não se pode negar: o que acontece no País do Pai Banana é uma azáfama total, uma banalização deste dia, porque não se liga mais a uma pessoa por causa daquilo que Camões afirma ser um fogo que arde sem se ver, ou seja, por causa do turu turu do peito e o aperto deste, do calafrio e daquela sensação de se querer bem para aquela pessoa, mas sim para trocar favores.
As Evas fazem dos Adões os seus bancos , as suas minas de ouro e estes fazem destas as suas escravas sexuais, resultado: por causa do Valentim, que agora é santo, caíu-se no hedonismo, Sodoma e Gomorra pura.
Decerto que aquele povo que nos incutiu a cultura de festejar essas datas, ri-se de nós aquando do hiperbolismos das nossas atitudes, parecemos, por vezes, com aqueles animais especialistas em falsas imitações.
Não nos resta outra possibilidade a não ser de fazer parte daquele grupo que fica só mesmo a pedir, a fazer sacrifício para o Deus dos brancos para ver se consegue trazer através de uma epifania São Valentim apenas para ver com os seus próprios olhos o que causou.