Através de um estudo realizado recentemente com Guardiões da Costa Mwangolé, na Ilha de Luanda, sobre uma contaminação marinha visível, causada por um afloramento de algas, a Eco Angola recomenda algumas estratégias de prevenção e mitigação do referido fenómeno
Trata-se da implementação de sistemas de tratamento de águas residuais mais eficientes para reduzir descargas de efluentes ricos em nitratos e fosfatos no mar e da regulamentação do uso de fertilizantes agrícolas nas áreas costeiras, promovendo práticas agrícolas sustentáveis, como a agricultura de precisão.
A criação de zonas-tampão vegetadas para filtrar nutrientes, antes que alcancem o oceano, foi outra estratégia apontada pela EcoAngola e pela Guardiões da Costa Mwangolé, que consideram imperativo o aumento e a monitorização das Estações de Tratamento de Água (ETAs).
Além disso, é fundamental melhorar as infra-estruturas de saneamento básico, realizar campanhas de educação ambiental, para sensibilizar a população e os sectores agrícola e industrial, conforme consta no resultado do estudo, que contempla a replantação de mangais e vegetação costeira, que sejam capazes de absorver o excesso de nutrientes.
Não menos importante é a monitorização contínua da qualidade da água que deve ser implementada para detectar níveis de nutrientes e a presença de algas, permitindo alertas antecipados, enquanto a aquacultura sustentável deve ser incentivada para minimizar a poluição.
Por fim, o documento faz referência à criação de zonas de protecção marinha e à remoção física de algas em áreas críticas, como praias e zonas de pesca, o que concorre para a permitir a regeneração do eco-sistema e reduzir o impacto imediato, e a longo prazo. Para que o estudo tivesse êxito, os pesquisadores exploraram o fenómeno de maneira aprofundada e refutaram diferentes teorias com base em evidências sólidas, dados empíricos e teóricos, tais como a recolha de amostras, na Ilha de Luanda (Floresta).
As instituições referenciadas utilizaram câmeras fotográficas, um drone, frascos de amostra e um microscópico portátil, além de bloco de notas e fichas de identificação. O reconhecimento de algas, a análise de imagens de satélite e entrevistas locais constaram das actividades realizadas.