Uma das perspectivas do referido órgão consiste em travar a onda de angolanos que abandonam o país em busca de escolas no estrangeiro para efectuar a pós-graduação.
POR: Alberto Bambi
A Ordem dos Psicólogos de Angola (OPsA) está determinada em tudo fazer para criar cursos de mestrado e doutoramento para a formação de professores e pesquisadores em ciências psicológicas, evitando que os licenciados nessa área do saber façam recurso a outros países do mundo, evitando assim gastos desnecessários.
“Uma das finalidades que também alistamos nos nossos desígnios, com a criação desses cursos, é elevar o nosso ensino superior e mostrar ao mundo que nós podemos garantir qualidade na formação de quadros ou docentes”, enfatizou o bastonário da OPsA, Carlinhos Zassala. Tal iniciativa enquadra-se nas perspectivas da psicologia em Angola, que também contempla a sua harmonização enquanto specialidade.
A criação de um serviço de orientação vocacional para avaliação dos alunos que pretendem ingressar nos cursos de psicologia e a concepção de instituições apropriadas para a formação de psicólogos, nos diversos ramos, designadamente Psicologia Clínica, Escolar ou Educacional, a Psicologia Organizacional dão Trabalho, Criminal, bem como a Psicologia Forense ou a Comercial.
Outra preocupação da Ordem dos Psicólogos de Angola passa pela existência de centros de Psicologia Aplicada nas instituições que formam psicólogos para a prática profissional e atendimento da comunidade. A classe dos psicólogos pretende igualmente celebrar convénios com editoras brasileiras e portuguesas para a abertura de casas de venda de testes, instrumentos de medição, como cronómetros, decibelímetros, luxómetros, a padronização e aferição de testes de origem estrangeira e demais acções.
O impacto dos fenómenos religioso e de feitiçaria, mereceram a atenção do grupo de académicos que agendou esta jornada em prol da comemoração dos sete anos de existência da ordem, iniciada Sexta- feira, 8, do corrente mês, que inclui estudos sobre o impacto das seitas religiosas no processo de socialização e sobre as implicações da questão do feitiço na sociedade angolana.
Homem objecto e sujeito
Para demonstrar que todos os movimentos do ser humano se reflectiam em qualquer abordagem psicológica, o entrevistado de OPAÍS, partindo de uma definição muito simples, segundo a qual a Psicologia é a ciência que estuda a estrutura, o funcionamento e as patologias da mente, encarando o homem como sujeito e objecto de estudo, foi peremptório em realçar a mudança de comportamento de um indivíduo em função do meio.
“O mundo é uma peça teatral que outras mãos escreveram e o homem é o seu actor, que muda de papel consoante a peça. É neste sentido que a psicologia tem vários ramos de aplicabilidade, tanto como ciência, como profissão”, ressaltou Carlinhos Zassala. A Psicologia Científica, é uma das ciências derradeiras que nasceu no final do século XIX, enquanto as ciências físico-naturais têm origem milenar.