Uma constituição que resulte dos ideais e convirja com os interesses da maioria do povo angolano foi o que defenderam, ontem, especialistas em Direito Constitucional, numa mesa-redonda sobre o contributo da academia para a Constituição ideal da república de Angola, que visou celebrar os 14 anos da promulgação da Carta Magna angolana
O certame organizado pelo Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (UCAN) teve como finalidade celebrar o 14.º aniversário da promulgação da CRA, bem como serviu para apresentar um projecto desta instituição de ensino que tem como tema central “A Constituição Ideal para Angola”.
A mesa-redonda contou com a prelecção dos juristas Raul Araújo, docente universitário, Sérgio Raimundo, advogado, Frei José Manuel, Margareth Nangacovie e Nelson Pestana, docente na UCAN, e contou com a moderação de Leandro Ferreira.
Os especialistas foram unânimes em afirmar que não existem Constituições ideais, já que cada país tem a sua própria de acordo com os ideais, crenças, situação sociopolítica e socioeconómica.A falar dos modelos de Constituição, Raul Araújo referiu que adaptar um modelo de Constituição já existente e aplicado com sucesso noutra realidade não transmite de forma automática a mesma realidade.