No coração da savana africana, o mês de Novembro trazia uma brisa diferente, carregando consigo uma mensagem especial. Entre o farfalhar das folhas e o ecoar dos passos dos animais, espalhou-se o murmúrio: “Novembro Azul.” Essa campanha atravessava o reino animal como um sussurro importante, especialmente entre os grandes machos de todas as espécies.
Foi então que o leão, o rei da selva, decidiu convocar todos os animais para uma reunião. Erguendo-se majestoso no alto de uma colina, ele rugiu para que todos viessem ouvir seu conselho. Os elefantes, zebras, antílopes, rinocerontes e até as pequenas aves voaram e correram para ouvir o que o leão tinha a dizer.
“Companheiros da savana,” começou o leão, com sua voz grave e imponente, “Novembro é um mês dedicado a algo muito importante para todos nós, principalmente os machos da savana.
Este é o momento de reflectirmos sobre a saúde, sobre a importância de cuidar de nós mesmos, pois somente estando fortes e saudáveis poderemos proteger nossas famílias e garantir que nossa linhagem siga firme.”
Os jovens antílopes e zebras se entreolharam curiosos, enquanto os animais mais velhos, como o rinoceronte e o elefante, assentiam com respeito. Eles sabiam o quanto a saúde era crucial para atravessar as batalhas que a natureza lhes impunha.
O leão então continuou, falando com sabedoria e cautela: “Há muitos perigos invisíveis em nossas vidas. Nós, leões, aprendemos que até os reis da selva são vulneráveis a males internos que não se vêem a olho nu.
Novembro nos lembra que devemos cuidar do nosso corpo, assim como cuidamos de nossas caçadas e de nossas proles. Precisamos ficar atentos, ouvir os sinais que nossos corpos nos dão e, se preciso, buscar ajuda.” Uma grande águia, que sobrevoava o grupo, gritou: “E como faremos isso, ó grande rei? A selva não nos permite fraquezas.”
O leão assentiu, entendendo o medo dos animais. “Verdade, amiga águia. Não podemos abaixar nossas guardas, mas há momentos em que devemos ser sábios e não ignorar os sinais de cansaço ou de dor.
A saúde é uma jornada, e Novembro nos lembra disso. Prevenir-se é o verdadeiro acto de coragem.” A mensagem do leão reverberou na savana, e um novo entendimento pairou entre os animais. Novembro Azul, a princípio estranho à vida selvagem, ganhara um sentido profundo.
A partir daquele momento, os animais da savana carregariam a lembrança de que ser forte não era apenas enfrentar predadores, mas também cuidar de si mesmos para viver mais um dia debaixo do céu africano.E assim, no coração da selva, o conselho do leão ecoou: cuidar da saúde é proteger a vida.
Novembro Azul tornara-se, então, um pacto silencioso entre todos os animais, que prometeram observar com mais carinho seus corpos e, ao ouvir seus sinais, respeitar o ciclo da vida que a natureza lhes concedera.
Por: RIBAPTISTA