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Filosofia na obra “O Crime do professor Kandimba”, de Henriques Samuel

Jornal Opais por Jornal Opais
7 de Agosto, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Os assuntos literários, nos últimos dias, em Angola, têm despoletado muitas discussões. Hoje, falar de literatura requer muitos cuidados. Como Guinski (2012, p. 51), corroboramos que “a palavra literatura, muitas vezes, nos remete a um contexto vinculado ao entretenimento – apenas”. Porém, não é verdade ao certo, literatura não serve apenas para entreter o leitor.

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Numa obra literária, o leitor desperta vários comportamentos como leitor. O autor acima entende que “a leitura de textos literários, poéticos ou narrativos nos dá material para sonharmos, para termos contacto com diversas civilizações e sua herança cultural”. Aristóteles, na sua obra Poética, compreendia a literatura como imitação da vida (mímesis).

Há quem dissesse que aprendeu mais Psicanálise em Shakespeare do que em Freud. Convidamos o amigo leitor, para fazer jus aos dois parágrafos escritos, a encontrar as filosofias na obra “O Crime do professor Kandimba” e, principalmente, a herança cultural do povo ambundu, na localidade do Kwanza Norte. Ademais, os escritos abaixo formam, com cortes, o prefácio da obra.

A obra em causa não é um amontoado de frases, trata-se de uma obra que vislumbra o ambiente de muitas escolas, bairros, casas e famílias. Quer dizer, o reflexo do modus vivendi angolano e não só.

A narrativa transcende simplesmente informações de entretenimento, uma falsa ideia que se prega no que ao assunto da literatura diz respeito, porém conserva questões filosóficas, principalmente de matriz africana, do grupo étnico ambundu, tendo em conta a localização geográfica do enredo, Ndalatando, onde se valoriza o nascimento – “akuvhala, uvhala”.

Um adulto que morre sem fazer filho é sepultado acompanhado de bananeira. O enredo é centrado ao professor Kandimba, um professor substituto, à semelhança de muitas narrativas, por exemplo, o filme “The Substitute”, porém o que torna esta obra diferente, além da característica física do protagonista (magro, mas musculoso, charmoso, vaidoso e, uma inferência nossa, – cheiroso), que faz parte do padrão de beleza nos dias actuais, é a sua vontade de não procurar exteriorizar a sua inteligência, o oposto dos inteligentes do mundo real (exibicionismo intelectual). Por outra, a abstinência do purismo exacerbado, isto é, a síndrome do Pedantismo Gramatical.

Segundo ele, “os gramáticos são apressados, pois não deixam que os falantes acabem de assinar os acordos e partem logo para os seus dogmas falhos [e mutáveis].

O professor Kandimba, embora não seja professor de português, evita essa prática e inculca aos alunos um espírito de tolerância linguística, procurando evitar preconceitos e/ou descriminações linguísticas.

Quanto ao espaço da narrativa, diferente de muitas narrativas com as quais mantivemos contacto, faz uma localização precisa e do mundo real, isto é, Ndalatando, localizado a Norte de Angola, cidade capital da província Kwanza Norte.

Atitudes semelhantes à do escritor são molas impulsionadoras para alavancar o turismo, leva com que as pessoas conheçam in loco lugares que conheceram por inerência da literatura.

O assédio activo e passivo ganha corpus de forma galopante nessa obra, com maior incidência às figuras professor e aluna, não queremos descartar o assédio entre professora e aluno ou vice-versa, mas imberbe. Esse tipo de assédio localizado no espaço escolar e protagonizado por professor(a) e aluna(o) é que se prefere chamar pedagossédio.

A narrativa levou-nos a crer que afinal existe fronteira no sexo. Desde os mais conhecidos, como: sexo contra menores, estupro, incesto, zoofilia, entre mais, destaca-se a relação sexual entre professor e aluna (professora e aluno), quando não é um caso sério entre ambas as partes, principalmente do lado da mulher. Na ciência do sexo, as mulheres nunca perdem. Só há fracasso no lado dos homens.

É difícil ser homem num mundo no qual a satisfação sexual depende em grande escala da experiência e da perspectiva sexual da senhora. Aliás, a vitimização atinente às decepções amorosas é, em grande medida, feminina.

O acto sexual entre professor e aluna, à luz da presente obra, é agridoce. O doce do sexo é conhecido, senão por virgens, e o amargo, a obra diz até o indizível. É imperioso que o ambiente escolar seja despido de realizações, desejos e impulsos sexuais.

A escola, como propôs Nóvoa (2022), precisa de metamorfoses – que se compreenda, de facto, que a “[escola] é uma instituição humanista e o seu propósito é educar humanos por humanos para o bem da humanidade”, evitando a propagação de escolarizados pelados de princípios axiológicos e culturais, cujos actos são desumanos. Foram filosofias, não entretenimento apenas. Literatura não é só entretenimento!

 

Por: Adilson Fernando João

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