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Escola rasgada

Jornal Opais por Jornal Opais
5 de Janeiro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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A importância dada à escola reflete na sociedade; isso perfaz a célebre frase que defende “a escola como vida”, quer dizer, a escola reflete a vida da sociedade.

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Carta do leitor: A granada em Cacuaco

Um dia que não é qualquer

Editorial: Estado da Nação

A escola em muitas sociedades é o espaço ideal onde se processa o enisno-aprendizagem. Em Angola não é diferente, pelo contrário, inferimos que as responsabilidades dadas à escola angolana é exagerada.

Os discursos diante de actos amorais ou imorais vislubram a forma como é encarada a escola, falares como: “Nem parece que passou numa escola!” “Falta-te escola”, etc., comprovam o nosso atrevimento em trazer o presente assunto, cujo pano de fundo é a figura banalizada da escola (angolana).

Apresentamos, a seguir, alguns elementos que fazem jus ao título: 1.Família-Escola: a educação em Angola tem o seu ápice na escola, porém, como conserva a Pedagogia (tradicional), a educação é tipologicamente formal, informal e não-formal.

O excesso de responsabilidade que a escola apresenta em Angola faz-nos crer que, em Angola, a educação só é a formal, que é feita na escola, as casas atribuiram o seu papel de educação exclusivamente à escola, esquecendo-se de outras instituições de educação, a título de exemplo a igreja e outros grupos sociais.

A incongruência ideológica, que não bate certo, é o facto de considerarmos “a escola como segunda casa, porque o aluno acaba estar mais tempo nela, mas o contra-senso é o facto de a casa não ser a primeira escola, como há quem dissesse e compactuamos com ele(a) “para que a escola seja a segunda casa, a casa deve ser a primeira escola”.

A relação deficiente família-escola é extremamente inconsistente, os pais não fazem tarefas de casa, obrigam os professores a fazerem as tarefas de casa e da escola respectivamente, é importante que o aluno vá à escola com elementos bases, e que haja relação de aproximidade família-escola, a família e a escola são convidadas a meter mão na massa para o bem comum – aluno.

Que a casa seja escola e que a escola seja casa, para existir, na escola, situações que deixem o aluno cómodo e em paz e aprendizagem em casa; 2.

A obrigatoriedade Escolar: o princípio da obrigatoriedade escolar em Angola, à luz da Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino, é apresentado no artigo 12, porém julgamos não haver harmonia entre o ideal plasmado na lei e a realidade no dia-adia, vejamos o que o ponto número um do artgo diz: “a obrigatoriedade da Educação traduz-se no dever do Estado, da sociedade, das famílias e das empresas de assegurar e promover o acesso e a frequência ao Sistema de Educação e Ensino a todos os indivíduos em idade escolar”.

A questão é: quantos indivíduos em idade escolar não frequentam escolas? Na escola pública, as vagas são insignificantes; nas público-privadas e nas privadas, sabemos que o factor não-gratuitidade tornase o calcanhar de Aquiles.

Para o segundo ponto, diz: “obrigatoriedade da Educação abrange a Classe da Iniciação, o Ensino Primário e o I Ciclo do Ensino Secundário”.

A questão é: que concepção do mundo tem um aluno que terminou apenas o I Ciclo do Ensisno Secundário? Que oferta de empregabilidade terá? A nossa vissão é que a obrigatoriedade seria desde o ensino primário até ao II ciclo do ensino secundário, não podendo, sequer, gastar um kwanza; 3.

Escola sem pensamento crítico: é estranho saber que as nossas aulas na escola angolana resumem-se em o professor falar e o aluno ouvir, não desenvolvemos o espiríto crítico, porque talvez não nos ensinaram, por isso, torna-se difícil ensinar o que não aprendemos, aliás, o pensamento crítico sempre foi visto como algo errado.

Porém, cremos que um dos grandes elementos a ser desenvolvido na escola é o pensamento crítico, como diz Nóvoa: “a escola não se pode nunca desviar da sua finalidade primordial: conseguir que os alunos aprendam a pensar”.

A escola ensina a ler folhas grafadas, mas não ensina a ler o mundo nem a compreender, muito menos interpretar, 3.

Escolas sem TIC: o mundo, hoje, é digital, que em outras paragens, por exemplo, temem da substituição da figura do professor por máquinas, Laurent Alexandre é de opinião da invenção de uma nova escola que possa responder “ao desafio imenso da nossa utilidade num mundo dentro em breve saturado pela inteligência artificial” (2017, p. 15), a própria UNESCO acaba de acolher o chamado Consenso de Beijing sobre a inteligência artificial educação (2019)” (citados por Nóvoa: 2022), a nossa realidade está muito distante, ainda temos problemas de ligar um projector, há professores do subsistema secundário que não têm computador nem o sabem usar, há escolas que as folhas de prova são reproduzidas nos estúdios (ciber).

As escolas carecem de materiais tecnológicos. 4. Escolas inclusas sem inclusão: aparentemente a educação especial em Angola seja nova, na sua fase experimental, mas não, em 1979, como nos apresenta o Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação Especial na Perspectiva Inclusiva “quatro anos após a independência de Angola, a educação especial já figurava como modalidade de ensino, através da circular nº 56 ̸ 79 de 19 de Outubro foi impolsionada a criação de condições para o funcionamento das escolas de Educação Especial”.

Não se justifa as escolas inclusas sem condições para recepção do publicoalvo desta modalidade, temos escolas sem rampas, sem máquinas Braille e sem intérpretes.

Que inclusão nos referimos? Se as nossas escolas apresentam esses rasgos, como está a nossa sociedade? Visto que a escola é a própria vida, John Dewey.

 

Por: ADILSON FERNANDO JOÃO*

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