Preposição, segundo o Dicionário Português, é classe de palavras não flexionáveis que ligam partes das orações, estabelecendo relações entre elas.
A preposição tem a sua principal função de estabelecer entre palavras e orações relações de sentido e de dependência, portanto, uma relação de subordinação.
Apesar de não desempenharem função sintática, as preposições são importantes para a construção do texto, pois atuam como conectivos, elementos indispensáveis para a coesão textual.
Na Morfologia, “de” é uma preposição simples essencial, já o “do” é a contração da preposição de com o artigo definido o (de + o = do).
“Da” é a contração da preposição de com o artigo definido a (de + a = da).
Já percebeu que nalguns nomes próprios que levam a preposição de” no meio, na maior parte dos casos aparecem grifadas em maiúscula “De?
É mesmo isso, já nos deparamos com essas situações em diversos locais, hoje, vamos eliminar os erros cometidos, de forma a não ter problemas nos testes e na redacção.
Vejamos os exemplos abaixo: José De Pedro; Faustino Dos Anjos.
Os nomes apresentados estão errados segundo a Norma Culta Padrão. Já se deve estar a perguntar o porquê.
É simples, saiba que a preposição “de” serve para ligar orações ou duas palavras, mesmo que forem retiradas entre os nomes, não há equivalência de incorreção gramatical.
Nos nomes próprios (incluindo os topónimos ou os nomes de instituições e organizações) escrevem-se com inicial maiúscula «as palavras pertencentes às classes lexicais abertas (substantivos e adjetivos) […]» Em contrapartida, escrevem-se com letra minúscula inicial as palavras que pertencem às classes gramaticais fechadas, usadas não só em nomes próprios de base descritiva como em muitos topónimos e antropónimos canónicos: em particular, a preposição de, o artigo definido a e conjunção coordenativa e […]» (Raposo et al.. Gramática do Português.
Fundação Calouste Gulbenkian, p. 1010). Assim, temos, por exemplo, «António de Carvalho», «Eça de Queirós», «Museu Nacional de Arte Antiga», «Maria do Carmo», «Vila do Conde», «Manuel dos Santos», «Maria das Dores».’ •Uso de preposição “De” em maiúscula: 1° Use a preposição de” com letra #maiúscula, quando aparecer no início de frase ou palavra. Exemplos: De luz; De igual a igual.
2° Use a preposição “de” com letra maiúscula, quando estiver grifada em letras à máquina. Ocorre mais nos Textos Publicitários. Ex.: VENDA DE AUTOMÓVEIS .
Agora, se a preposição estiver entre os nomes, não importa se for próprio ou comum a preposição de deve estar em letras minúsculas.
Casa de ferro Casa da luz vermelha. Casa de papel.
Segundo a professora Flávia Neves, o atual acordo ortográfico é omisso relativamente à escrita dessas partículas com maiúscula ou minúscula, nos diversos exemplos que apresenta, essas partículas aparecem escritas com letra minúscula: • Senhor doutor Joaquim da Silva;
• Branca de Neve; • O Primeiro de Janeiro; • Todos os Santos; Já o Formulário Ortográfico de 1943, adotado até à entrada em vigor do atual acordo ortográfico, esclarece que as partículas monossilábicas, como preposições e artigos, que se encontram presentes no interior de expressões, locuções e vocábulos compostos deverão ser escritas com letra minúscula.
Essas partículas monossilábicas apenas serão escritas com inicial maiúscula caso se encontrem no início da expressão ou locução: • De amor e de sombra; • Em busca do tempo perdido; • O Globo; Partículas com minúscula em nomes de pessoas: • Emília de Carruagem ; • Vinicius de Morais. Partículas com minúscula em títulos de livros: • Gabriela, Cravo e Canela ou Gabriela, cravo e canela; • Guerra e Paz ou Guerra e paz; Partículas com minúscula em nomes de instituições e entidades: • Banco de Angola; • Ministério das Comunicações; • Austeridade da Língua Portuguesa. Partículas com minúscula em nomes de festas e festividades: • Dia da Bandeira; • Dia do Professor.
Partículas com minúscula em nomes de cidades, países,…: • Rio de Janeiro; • África do Sul. Consulte as seguintes referências: Gramática Moderna de Matos, p.212). Gramática do Português Actual de Moura, p. 160).
Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, p. 1010). Gramática de Português Salomé•Cátia F.Pereira, p.98).
Por: MARCOS DALA LUZ”