Recentemente, encontrei-me com vários amigos jornalistas e estudantes angolanos que fizeram visita de intercâmbio/amizade pela China.
O que mais os impressionou durante a sua viagem à China foram as conquistas da modernização chinesa. Como é de conhecimento para todos, a China e os países africanos, incluindo Angola, partilham a experiência histórica semelhante.
Tanto a China como a África experimentaram o obscuro domínio colonial ocidental, bem como as árduas lutas contra o imperialismo, a hegemonia e a colonização. Após a Guerra do Ópio em 1840, a nação chinesa sofreu cem anos de invasão estrangeira e guerra interna.
Ao mesmo tempo, as potências europeias colonizaram África à força desde o século XV.
Com base na experiência comum de sofrimento de opressão e humilhação, a China e a África sempre buscam de forma intrínseca e independente, a igualdade e o respeito mútuo entre os países, a equidade e a justiça na ordem internacional, e a democratização das relações internacionais.
Ambos se opõem ao hegemonismo e à política de poder, o qual constitui uma base histórica importante para o sentimento natural de proximidade e confiança China-África.
Estamos ligados pelas mesmas circunstâncias históricas e tarefas de desenvolvimento. O Partido Comunista da China (PCCh), nascido em 1921, uniu e liderou o povo chinês através de um século de vicissitudes para explorar um caminho bem sucedido para a modernização, permitindo à China crescer da pobreza para a segunda maior economia do mundo.
No 20º Congresso Nacional do PCCh, o Presidente Xi Jinping elaborou sistematicamente as cinco características da modernização chinesa com base nas suas próprias condições nacionais, nomeadamente, a modernização chinesa é uma modernização para uma grande população, uma modernização que visa a prosperidade comum de todo o povo, uma modernização que coordena o progresso material, cultural e ético, uma modernização que busca a convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza, e uma modernização que segue o caminho do desenvolvimento pacífico.
A modernização chinesa quebrou o mito de “modernização = ocidentalização”, criou uma nova forma de civilização humana e trouxe uma inspiração importante para países de todo o mundo, especialmente para o grande número de países em desenvolvimento, incluindo os países africanos.
Em primeiro lugar, o maior país em desenvolvimento do mundo promoveu e expandiu com sucesso a modernização. Sendo o maior país em desenvolvimento do mundo, uma das condições nacionais básicas da China é a sua enorme população.
A fim de resolver o problema da pobreza, o PCCh liderou o povo a continuar a lutar e a fazer esforços incessantes.Nos últimos dez anos, uma média de mais de 10 milhões de chineses disseram adeus à pobreza todos os anos, um número equivalente à população de um país de tamanho médio.
Isto não significa apenas que foi historicamente resolvido o problema da pobreza absoluta que tinha atormentado a nação chinesa durante milhares de anos, mas também deu um contributo fundamental para o objectivo e a tarefa de construir uma sociedade moderadamente próspera de uma forma global.
A China fez grandes contribuições tanto para aliviar a pobreza, que é o foco dos problemas de governação global, como para garantir o desenvolvimento sustentável do mundo.
Em segundo lugar, enriqueceu a conotação de modernização e criou um caminho de desenvolvimento diferente do caminho de modernização ocidental.
O caminho de industrialização dos países ocidentais sempre foi considerado uma conotação típica de modernização e durante muito tempo influenciou a compreensão e a prática da modernização nos países em desenvolvimento.
Após a fundação da República Popular da China, o PCCh uniu e liderou diligentemente o povo na árdua exploração do impulso de modernização chinesa e fez esforços incessantes para alcançar os objectivos das “quatro modernizações”.
Após a reforma e abertura, continuámos a promover o processo de modernização socialista de acordo com a estratégia de desenvolvimento de “três passos” e atingimos sucessivamente os objectivos de desenvolvimento de resolver os problemas alimentares e de vestuário das pessoas e de fazer com que a vida das pessoas em geral atingisse um nível moderadamente próspero.
Após esforços nas primeiras duas décadas deste século, alcançamos o objetivo de construir uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos.
A estratégia da China está dividida em duas etapas: de 2020 a 2035, realizaremos basicamente a modernização socialista; de 2035 até meados deste século, construiremos o nosso país num país socialista moderno, próspero, forte, democrático, civilizado, harmonioso e belo.
Terceiro, aumentou a confiança dos países em desenvolvimento na sua modernização independente. Alcançar a modernização é o objectivo dos sonhos da maioria dos países em desenvolvimento.
Na qualidade do maior país em desenvolvimento do mundo, a China encontrou com sucesso um novo caminho para a modernização chinesa.
Baseia-se nas condições nacionais específicas da China, enfatiza a independência no desenvolvimento económico e social, agarra firmemente a iniciativa no desenvolvimento económico e social e está em conformidade com o ambiente económico global.
A tendência de globalização económica, a participação activa e a promoção do processo de globalização económica e a integração na economia mundial não estão apenas em linha com a realidade da China, mas também reflectem as leis de desenvolvimento da sociedade humana. Sendo assim, a modernização chinesa pertence à China e ao mundo.
As grandes conquistas e a experiência na modernização num país em desenvolvimento com uma população de mais de 1,4 mil milhões de habitantes não só provam a viabilidade do caminho de modernização chinesa na teoria e na prática, mas também aumentam a grande confiança do vasto número de países em desenvolvimento no impulso de modernização, que proporciona uma nova opção aos países e nações do mundo que pretendem acelerar o desenvolvimento, mantendo simultaneamente a sua independência.
Cada país deve realizar explorações independentes na governação com base nas suas próprias condições nacionais, e cada exploração responsável deve ser respeitada.
Os amigos angolanos sabem muito bem que a China será sempre um parceiro igual, fortalecerá os intercâmbios e o diálogo numa base voluntária e não “importará” modelos estrangeiros nem “exportará” o modelo chinês.
Valorizamos aprender uns com os outros e buscar pensamentos e explorações mais significativas em trocas e diálogos.
A China está a promover de forma abrangente a grande revitalização da nação chinesa por meio da modernização chinesa, e África está a fazer todos os esforços para construir um continente de paz, união, prosperidade e autosuficiência.
Sempre nos apoiamos firmemente e estamos dispostos a ser um parceiro no caminho de modernização de África, e continuamos a dar maiores contribuições para a cooperação amistosa China-África e para o desenvolvimento e progresso comuns.
Por: CHEN FENG
*Encarregada dos Negócios da Embaixada da China