A ideia equivocada e limitada de que a escola é um local de partilha e aquisição de conhecimento, é impiedoso nos treinos sobre a reflexão da escola actual. É grave que a maioria dos problemas, para não ter que falar todos, que temos enfretados no decorrer da nossa profissão quer seja dentro como fora do instituto escolar, carece de intervenção escolar.
Muitos defendem que a expulsão de um indivíduo numa determinada instituição escolar por desvios comportamentais é entre tanto, uma decisão plausível, sendo que a imagem da “escola” é descredibilizada, esquecendo que sem a escola não há uma cidadania sustentável, que é uma das funções da escola actual.
A escola actual, enfrenta um mal secular de que todos nós conhecemos, querendo culpabilizalá de ser tão permissiva em comparação com a do passado, baseando-se na rigorosidade e qualidade, essa mesma escola que não refletia na cidadania, referindo-me assim nas religiosas. Este também deve ser um assunto que deve ser refletida num fórum próprio.
Mas, qual é o papel da escola actual face ao problema secular? Um indivíduo não social, que não conhece e nem obedece às determinadas regras que são impostas numa sociedade e nem esteja pronto para os desafios da vida, este por sua vez, a escola não conseguiu desempenhar a sua função, sem esquecer dos valores culturais.
Então, se a escola fracassou em desempenhar as suas funções, dá-lhe o direito a expulsão imediata do indivíduo por conta do não cumprimento de suas funções (escola)? ou tinha de ser o motivo de reflexão em torno do dilema? É ali, onde estamos a cair com a música “ótimo”, todos querem dançar mesmo sem a coluna tocar.
A expulsão como recurso de indisciplina é tão maquiavélica, que mostra o quanto não somos capazes de resolver o problema secular de educação.
Temos problemas em gestão de conflitos educacionais, não estamos preparados para com a indiferença, mas queremos apoiar decisões incertas, baseando-se em provas erradas, como, antecedentes comportamentais do indivíduo bem como a romantização da educação na escola actual, esquecendo-se que a indisciplina ou mesmo comportamentos desviadores revela algo sobre as relações institucionais-escolares nos dias de hoje.
Já não se pode pautar a escola apenas como uma estrutura, composta de bancos, mesas e quadros, e muito menos num lugar de recepção de conhecimentos, se ainda temos este conceito é por isso tomamos decisões sem esperança.
O aluno quando aprende e aplica os conhecimentos na vida real, o mérito é dado ao professor, por que ele ensinou, mas quando é o contrário, queremos faze-los de vitimas da situação.
A escola não seria um lugar de exclusão, se assim for não estaremos prontos para falar de cidadania. É preciso refletir urgentemente sobre o papel da escola actual para termos uma sociedade guiada de maneira que muitos esperam bruscamente, a de se respeitar o processo, a educação é um bem social, e a escola não é uma empresa.
Por: CAPELA JOÃO NDUNGIDI