A deterioração da situação do sector da saúde na Líbia está em grande parte relacionada com o conflito político e a instabilidade no país desde o início de 2011, indicou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Num comunicado divulgado Terça-feira, a OMS aponta a fuga de vários trabalhadores de saúde para várias partes da Líbia, na sua maioria estrangeiros, devido à propagação da violência, enquanto as infra-estruturas de saúde foram danificadas ou destruídas pelos confrontos armados.
Consequentemente, numerosos riscos tais como o reaparecimento da poliomielite e de outras epidemias surgiram enquanto são necessários cuidados preventivos a longo prazo para lidar com as doenças não transmissíveis para um grande número de pessoas que sofrem nas zonas de conflito, precisou a agência da ONU encarregada da saúde.
Lembre-se que a Comissão Nacional líbia dos Direitos Humanos anunciou, num relatório publicado Terça-feira, que 15 casos de ataques contra infra-estruturas de saúde nas cidades de Benghazi, Zawiya, Sebha, Tripoli, Werchefana e Derna foram registados, em 2017, o que coloca em risco a vida de médicos e pacientes e o sistema de saúde.
O documento indica que quase um terço da população líbia sofre da crise humanitária perene caraterizada pela insegurança alimentar e de saúde, acrescentando que cerca de 3,5 milhões de pessoas “precisam de apoio nas suas vidas e ajuda humanitária e sanitária”.