Os indivíduos que exercem serviço de segurança privado continuam a lamentar-se das péssimas condições de trabalho. O baixo salário, a péssima alimentação, a falta de seguro e outros aspectos destapam a fragilidade destes profissionais que, muitas vezes, são acusados de envolvimento em assaltos ou mesmo venda de armas. As empresas reclamam de falta de pessoal adequado, o Sindicato dá falta de fiscalização e a Polícia fala do facto de serem semanalmente detidos seguranças envolvidos em crimes
O Chefe do Departamento Comercial da ALFA 5, António Pedro Bartolomeu, disse que a sua empresa gostaria de inscrever ex-militares, nas suas fileiras, mas tanto a Polícia Nacional quanto as Forças Armadas de Angola (FAA) não desmobilizam grande quantidade, frequentemente. “Dificilmente a Polícia e as FAA fazem desmobilização regular que permita às empresas de segurança absolverem esses homens com experiência militar. Se isso acontecesse, para nós, seria mesmo o ideal”.
Por causa disso, a ALFA 5 desdobra-se no reforço do rigor dos critérios de admissão, que passam pelo apuramento real da identidade do candidato, sobretudo proveniência, idade (dos 18 aos 35 anos), registo criminal, nível de escolaridade (6.ª classe, no mínimo) e outras experiências pontuais que interessem à equipa de avaliação. “Neste processo de apreciação, estão até envolvidos psicólogos da empresa, com os quais os técnicos devem certificar-se de quais são os indivíduos que devem ou não ser admitidos.
Após à admissão, os contemplados são submetidos a uma série de formação, através da qual recebem os conhecimentos necessários sobre as limitações que um segurança deve ter com os trabalhadores do assegurado”, explicou António Bartolomeu, tendo reiterado que não é preciso ter sido militar ou polícia para ser um bom segurança.