A batata-doce produzida em Malanje está a ser transformada em massa alimentar, pelo Departamento de Engenharia de Processo do Instituto Superior de Tecnologia Agroalimentar da Universidade Rainha Njinga Mbandi, que exibiu o produto na Feira do campo daquela província
O espaço económico de exposição abriu as portas ao público depois da visita oficial do Presidente da República ao local, onde foram apresentados e comercializados uma diversidade de produtos agrícolas trabalhados nos solos férteis dos municípios da província.
Além dos bens resultantes da produção agrícola, a Feira recebeu também diversos projectos de transformação de culturas.
A massa alimentar advinda da batata-doce constitui uma das apostas daquela instituição de ensino, de acordo com o seu chefe de Departamento de Engenharia de Processo, Alberto António. “Estamos a procurar diversificar a forma de consumo.
Maioritariamente, a população consome a batata de forma cozida ou frita, raramente.
Então, aqui, trouxemos a farinha integral e também usamos a mesma farinha de batata-doce para a produção de massa alimentar”, revelou.
O engenheiro avançou que, enquanto Instituto de Tecnologia de transformação agroalimentar, desenvolveram ainda uma bolacha produzida a base de mandioca e de muamba, a que chamaram de “angolacha”, e, por outro lado, uma espécie de “batata frita” de mandioca.
No sector do café está José Martins, representante da Casa Comercial MM, empresa que actua na transformação de café, sedeada na Carreira de Tiro, município de Malanje, onde implantou uma pequena indústria com capacidade de produzir 500 quilogramas por dia.
“Nós adquirimos os meios em grãos aos produtores locais, desde o município de Calandula e no município de Massango, e fizemos o processo de transformação”, contou.
Nesta altura, a empresa transforma o café em função da disponibilidade dos produtores, para depois comercializar a pessoas individuais ou a empresas revendedoras e prestadoras de serviços, como restaurantes e hotéis.
Produção de antidoto
Tazi Maria, decana da Faculdade de Medicina da Universidade Rainha Njinga Mbandi, adiantou que a área que dirige tem um projecto avançado para a identificação da especificidade de veneno de todas as espécies de animais, a fim de produzir o antídoto para salvar pessoas que forem vítimas destes.
“A mordedura de serpentes constitui um grave problema de saúde pública a nível mundial. Então, Angola não foge a regra.
A ideia da Faculdade de Medicina, por meio do seu centro de investigação, é trazer as espécies de serpentes que temos para encontrarmos o antidoto correspondente”, avançou.
No entanto, nesta altura, faltam apenas apoios financeiros para que esta instituição possa dar seguimento ao projecto.
Mais de 30 expositores Os mais de 30 expositores que se fizeram à Feira tiveram a oportunidade de interagir com o Presidente João Lourenço, explicando as formas de produção dos bens que faziam representar à monstra.
Na exposição do município de Cacuso, também conhecido como a capital económica de Malanje, foram levados produtos do campo como batata-doce e o feijão, que são considerados os melhores da província.
Seguiram-se outros municípios da terra da palanca negra gigante que demostraram as suas altas capacidades de produção, sendo que alguns chegam aos oito mil hectares de culturas como a de milho.
Além desses produtos, Malanje apresentou-se como uma província que está a produzir ananás, inhame, feijão, ginguba, alho, cebola e mandioca.
A lista de produtos cultivados segue com o abacate, cogumelo, arroz, feijão macunde, mel, algodão, e café.