Para Henrique Pascoal, o registo de 110 mil empregos “mostra claramente” sinais encorajadores, ressaltando a persistência de uma elevada taxa de desemprego que reforça a necessidade de políticas adicionais que promovam a criação de empregos de qualidade e melhorem a capacitação da força de trabalho.
O interlocutor diz ser imperativo continuar a investir em sectores emergentes e em infra-estruturas, bem como fomentar um ambiente favorável ao crescimento das pequenas e médias empresas, que são essenciais para qualquer economia, especialmente para a economia angolana.
“Embora a criação de 110 mil postos de trabalho seja um avanço positivo, a manutenção de uma taxa de desemprego de 32,40% no mesmo período indica a presença de desafios estruturais e dinâmicas mais amplas do mercado de trabalho que necessitam de ser abordados”, disse.
O economista defende um crescimento económico robusto e sustentado, aliado a políticas eficazes, como a educação técnica, formação profissional e incentivos à criação de emprego, o que para o especialista é crucial para uma redução significativa da taxa de desemprego.
Disse, igualmente, que o governo deve reconhecer que, embora a criação de empregos seja um passo positivo, é apenas o início de um esforço mais abrangente e contínuo para enfrentar o desafio do desemprego em Angola.
De salientar que a criação de mais de 110 mil empregos no primeiro semestre deste ano, representando um aumento de 25% em comparação com o mesmo período de 2023, já em relação ao segundo semestre de 2023, houve um incremento de 16% na criação de empregos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos foi estimada em 32,4% no primeiro trimestre, sendo mais elevada para as mulheres (33,4%) do que para os homens (31,4%).
O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social tem implementado várias medidas alinhadas à agenda nacional do emprego para fomentar a empregabilidade, sendo que uma das iniciativas é o arranque do Fundo Nacional do Emprego (FUNEA), aprovado em Maio de 2023, que está marcado para começar a 6 de