Governo do Cuanza-Norte reforça acções para “travar” cólera em Luinha

A vice-governadora do Cuanza -Norte para a Área Social, Constantina Machado, expressou, neste domingo, preocupação com o aumento dos casos de cólera na localidade de Luinha, onde já foram registados 128 casos e 15 óbitos em menos de 24 horas

Em declarações ao Jornal OPAIS, a responsável alertou para a gravidade da situação em Luinha, onde o surto de cólera tem vindo a aumentar rapidamente.

Disse que o Governo local recebeu as primeiras notificações sobre os casos na última sexta-feira e a situação evoluiu de forma alarmante.

“Até ao período da manhã de ontem, já se registavam 128 casos e 15 mortes, o que representa uma taxa de mortalidade de 11,7%”, declarou.

Entretanto, em resposta, uma equipa de profissionais de saúde foi mobilizada para a área, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos com o apoio do director nacional para as emergências de cólera, que se deslocou até ao local.

A equipa tem estado a trabalhar em condições difíceis devido ao acesso limitado à zona, com comunicações a serem feitas apenas ao final do dia, quando as equipas conseguem obter dados.

Constantina Machado disse ainda que a origem do surto poderá estar ligada a um caso proveniente de Luanda, destacando que o mercado local, com grande movimentação de pessoas de várias províncias, representa um elevado risco de propagação da doença.

Em resposta ao aumento dos casos, o Governo local já iniciou a vacinação da população com 2.000 doses de vacina, que chegaram ontem e está a tomar medidas para restringir o fluxo de pessoas na região, como parte de uma estratégia para conter o surto.

Apesar da gravidade da situação, a vice-governadora afirmou que as equipas de saúde estão agora melhor preparadas e que, desde ontem, os óbitos diminuíram significativamente, com apenas dois registos contra 13 no dia anterior.

As autoridades continuam a monitorizar a evolução do surto e a trabalhar na implementação de medidas de controlo mais eficazes.

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