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“Vender uma imagem de clubes intocáveis e impunes não é útil para a sociedade”

Sebastião Félix por Sebastião Félix
20 de Outubro, 2023
Em Desporto
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
0

Em entrevista ao jornal O PAÍS, o sociólogo Zeca Branco Dias falou dos momentos por que está a passar o desporto-rei dentro e fora da Federação Angolana de Futebol (FAF)

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O futebol, por ser um desporto de massas, é um fenómeno social?

O futebol é, sem dúvidas, um fenómeno social. Fazendo recurso à terminologia sociológica, diria que é um fenómeno social total, uma vez que as dimensões que o comportam têm implicações em diferentes níveis da realidade social.

O futebol acarreta uma dimensão cultural, uma vez que “joga” e suscita implicações identitárias e simbólicas, uma dimensão económica, tendo em conta o volume de dinheiro que movimenta e os produtos comerciais que suscita, uma dimensão antropológica, pelo facto existir um conjunto de crenças mágico-religiosas em torno da prática futebolística, uma dimensão política, em função da mobilização social que se faz em torno dos sentimentos patrióticos, e, ao mesmo tempo, é um mecanismo que serve para a unidade nacional entre os cidadãos.

Em Angola, é o desporto com o maior número de apreciadores e praticantes.

Que interferência política deve haver no futebol?

A maneira como foi formulada a questão, pode-se inferir um pendor normativo. Contudo, o futebol sendo um fenómeno de massas desperta sempre um interesse político e implica, quiçá, uma tendência de controlo social.

O futebol pode ser encarado pelos políticos como um mecanismo de alienação social das massas.

Sociólogo Zeca Branco Dias diz que a “batota” no desporto é condenável, porque não estimula a meritocracia

Acredito, creio, que há duas formas de se fazer interferência no futebol: uma primeira é de ordem positiva, através do plano de desenvolvimento, de apoio a prática desportiva, com incidência particular ao futebol, com a disponibilidade orçamentária de valores para construção de campos de futebol, o incentivo ao desporto escolar, com a formação de treinadores e professores de educação física para massificação do desporto e a criação de leis para a proteção de espaços desportivos comunitários.

Assim, a segunda ordem de interferência política, a qual não é benéfica, ocorre nos órgãos de gestão dos clubes populares e das federações, onde a classe política preocupa-se em colocar pessoas do seu interesse, e, em muito casos, sem preparação técnica, intelectual e sem vontade férrea para trabalhar em prol do futebol.

O perfil da Federação Angolana de Futebol (FAF) está adaptado à “nossa” realidade?

Às vezes fica-se com a sensação de que o futebol angolano é gerido por gente aventureira e sem racionalidade administrativa.

Quanto ao Perfil da Federação Angolana de Futebol (FAF), é algo que deve ser repensado, discutido de um modo global e por toda a sociedade. Os membros da FAF devem viver e pensar intensamente o futebol e não serem meros ocupantes, ocasionais, de cargos por causa do “status símbolo”.

Na FAF, precisamos de gestores que estejam mental e espiritualmente comprometidos com o desenvolvimento do futebol em todas as suas dimensões, fazendo dele um fenómeno de massas para atrair adeptos nos estádios, bem como a compra de produtos desportivos.

O escândalo de corrupção no futebol, despoletado em Junho passado, foi bem gerido pela FAF?

Quanto ao escândalo de corrupção e a gestão desse “dossier”, pela FAF, sou apologista de que, a partir do momento em que se tornou público o escândalo, era imperioso ter em conta todos os mecanismos normativos e o seu cumprimento.

Vender uma imagem de clubes intocáveis e impunes não é útil para a sociedade, tendo em conta que estamos no processo de moralização da sociedade, logo precisamos estimular uma cultura em que a integridade, honestidade, sinceridade, disciplina, honra e o respeito digno pelos adversários façam parte da nossa tessitura mental e que sejam incorporados na nossa personalidade modal.

Logo, o desporto e o futebol desempenham um papel fulcral nessa missão educativa da sociedade. Espera-se, no nosso dirigismo desportivo, exemplos de boa conduta e gestão imparcial de justiça, porque o futebol, no sentido mais amplo do termo, ensina a fazer justiça (fair play).

Por isso, a “batota” é condenável em todos os sentidos, porque ela não estimula a meritocracia.

E os conselhos de Disciplina e Jurisdicional da FAF?

No meu ponto de vista, a FAF, através do Conselho de Disciplina e o Jurisdicional, deve ser implacável no que toca os regulamentos, sem distinção de grandezas de clubes, porque o desporto e o futebol, em particular, deve ser um mecanismo de promoção, mérito e de honestidade na sociedade.

Portanto, esses valores devem nortear a vida de todos os cidadãos.

Socialmente, a imagem da FAF tem sido bem vista pelos amantes e adeptos do desporto-rei em Angola?

Quanto à imagem da FAF, face as expectativas dos cidadãos, na minha modesta opinião, partindo de um conjunto de representações manifestas pelos cidadãos nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social tradicionais, podemos considerar a imagem pública da FAF como negativa, ou seja, os cidadãos não veem a FAF com bons olhos, basta ver a nossa Seleção Nacional masculina de futebol. Podemos afirmar que estamos diante de um “ango-pessimismo” generalizado face à gestão da FAF.

O Girabola é um “produto” com aproveitamento económico nos dias que correm?

Não há ganho económico com o Girabola. Nos últimos anos, muitos clubes têm desistido por falta de dinheiro, isto é a demostração da realidade.

Os dois adiamentos quanto ao arranque do Girabola 2023/2024 vão gerar as expectativas que se impõem por parte dos clubes?

Além das expectativas, quanto ao atraso do arranque do Girabola, os atletas têm a programação e a planificação estranguladas.

É preciso evitar essas situações. Isso pode ser reflexo de uma certa assistemacidade e falta de rigor metodológico no planeamento das actividades.

A criação de uma liga, à semelhança de outros países da região, ajudaria a tirar o futebol angolano do suposto marasmo em que se encontra? A questão que se levanta é: que valores os proponentes da futura liga cultivam?

O rigor, o método, a seriedade, a honestidade, a imaginação criadora são valores interiorizados pelos proponentes da liga? Se a resposta for positiva, então, estamos no bom caminho, mas, se for contrária, estaremos a navegar pela mesma água da aventura desportiva.

Sebastião Félix

Sebastião Félix

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