Está patente na Galeria do Banco Economico a exposição de pinturas do conceituado pintor e escultor espanhol Joan Miró, agrupada em dois núcleos, “O cântico do Sol” e “As Maravilhas do Miró”, que pode ser visitada até a segunda quinzena de Abril.
Inaugurada em Fevereiro, integra mais de 50 obras deste que é um dos grandes nomes da pintura e escultura do século XX, que resulta de uma colecção de Federico Fernández, director da obra cultural FUNIBER.
A referida colecção teve início com a compra de uma litografia assinada à mão por Miró, numa sala de leilões em Barcelona.
A primeira obra chama-se Artefacto e faz parte da exposição que agora pode ser vista em Luanda. Federico Fernández avançou que anos depois adquiriu outra litografia, mais simples, assinada por ele, que faz parte da série “Maravilhas com variações acrósticas no jardim de Miró”.
“Esta, em particular, esteve durante muitos anos em minha casa, exposta na sala de estar e tem para mim um significado especial”, contou o curador da exposição.
Segundo explicou, a obra cultural da FUNIBER permitiu-lhe recuperar e exibir em vários locais parte das litografias que compõem “Jardim de Miró”.
Esta é uma das séries completas agora em exposição, promovida pela embaixada de Espanha em Angola, com o apoio da galeria desta instituição bancaria. “São 20 litografias publicadas em 1975, numa luxuosa pasta intitulada “Maravilhas com variações acrósticas no jardim de Miró” e acompanhadas de poemas escritos por Rafael Alberti especificamente para esta publicação”, esclareceu.
Joan Miró nasceu em Barcelona, em Espanha.
Falecido em 1983, foi um importante pintor, gravador, escultor e ceramista que criou a sua própria linguagem artística e que retratou a natureza de uma forma singular, fazendo assemelhar os seus traços aos de um primitivo ou de uma criança.
Recorde-se que esta exposição foi inaugurada pelos Reis de Espanha, aquando da sua visita de Estado a Angola, entre os dias 6 e 8 de Fevereiro deste ano.
Na ocasião, o Banco Económico, na pessoa do seu Presidente da Comissão Executiva, Carlos Duarte, ofereceu a Felipe VI e a Dona Letizia uma obra intitulada “Moxi Ngola”, que significa Dois Reis, assinada pelo pintor angolano Uólofe Griot.
Dom Felipe e Dona Letizia visitaram a exposição acompanhados pelo curador da exposição, de Federico Fernández.