Meliantes invadiram as instalações do secretariado provincial da CASA-CE, situado no centro urbano da cidade de Malanje e surripiaram alguns bens patrimoniais da organização
POR: Miguel José, em Malanje
O secretário provincial da CASA- CE, Carlos Xavier, explicou a OPAIS que o roubo aconteceu na calada da noite do pretérito Domingo, quando os meliantes arrombaram uma parte do gradeamento que comporta a estrutura física do edifício, entraram para o seu interior (na secretaria), onde subtraíram o computador principal. Neste computador continha todos os dados da organização, uma impressora, um plasma e um descodificador, cuja ocorrência foi, imediatamente, comunicada à Polícia, para proceder à investigação. Carlos Xavier disse estar preocupado, porque há cerca de dois anos as anteriores instalações da sede, que se situava num outro ponto (algures) da cidade, tinham sido igualmente assaltada. Na ocasião a Polícia apareceu, tomou nota e de lá para cá, não há qualquer esclarecimento sobre o seguimento das investigações.
Porém, o responsável mostra-se indignado com a situação e não compreende o porquê de as instalações da sede de uma organização política como a sua, representada no Parlamento, não merecer da protecção policial. “Não é a primeira vez! Já tínhamos sido assaltados, há cerca de 2 anos e até hoje a Polícia ainda não nos esclareceu o crime. Espero que desta vez tenhamos sorte”, ironizou. Ainda na senda do ocorrido na sede, na mesma semana, sucedeu que três dias depois a residência do secretário provincial foi objecto de tentativa de assalto, mas, prontamente, foi neutralizada com a detenção de um dos ladrões, já a contas com as autoridades judiciais. “Espanta-me que na mesma semana, na Quarta-feira, uma quadrilha de ladrões, a meio da noite tenha tentado assaltar a minha casa. E o assalto só não aconteceu, porque eu ainda me encontrava acordado e pude agarrar um deles e entregá-lo à Polícia”, denunciou.
Entretanto, questionado sobre alguma coincidência, ou não, Carlos Xavier descartou tal possibilidade, deixando que a Polícia faça o trabalho dentro da sua esfera de competência e venha, tão-somente, publicamente, esclarecer o caso. No seu entender, aventou as dificuldades que as pessoas vivem, sobretudo jovens, susceptíveis de as tornar propensas para subtrair haveres de outrem, sem avaliarem as consequências. Portanto, quanto às presumíveis suspeitas, de os assaltantes serem funcionários ou alguns membros da coligação, o responsável desmentiu veementemente qualquer implicação destes últimos. “Internamente não suspeitamos de ninguém, porquanto, é falaciosa a informação segundo a qual o roubo foi praticado por algum membro ou funcionário da organização. O caso está entregue à Polícia”, disse.