O aludido festival termina no dia Internacional da Mulher, 8 de Março, e conta com a participação de 14 grupos teatrais, que têm apresentado peças que retratam aspectos relacionados com a mulher.
POR: Antónia Gonçalo
Decorre desde Sexta-feira, 2, no Centro de Conferências de Belas, em Luanda, a II edição do “Festival de Teatro da Mulher”, denominado “Festeatromulher”, organizado pelo grupo Amor e Arte. O festival que termina no dia Internacional da Mulher, 8 de Março, contando com a participação de 14 grupos, nomeadamente, Amor à Arte, Tweia, Miragens Teatro, Protevida, Moral Viva, Companhia Arte Sol, Ketwanzambi, Ekuikui Segundo, Ek Teatro, Projecto Vela, Amazonas, Etu Ngó, Enigma Teatro e o grupo teatral Monte Sinai.
Os referidos grupos apresentam as peças “O que não podem as mulheres”, “Quero engravidar”, “A grande questão”, “Entre a sogra e a parede”, “Eu e elas”, “Manana”, “Iguais” e “O amanhã nunca morre”. Durante o evento têm sido exibidas duas peças diárias, a partir das 19 horas, cujo objectivo é saudar o “Março Mulher”. Segundo a coordenadora do festival, Mariza Júlio, as peças já exibidas e as por exibir retratam aspectos relacionados com a mulher, de modos a homenageá-las. “Este é o grande objectivo do festival, homenagear as mulheres, através das peças teatrais que retratam algumas situações que as afligem”, realçou.
Homenagem
Durante o encerramento do festival, na Quinta-feira, será realizada uma gala, onde serão homenageadas 20 mulheres entre actrizes, encenadoras e directoras de teatro. Trata-se de Suelma Mário, Cláudia Pucuta, Zumira Brito, Deodete Colisoul, Neusa Marlene, Patrícia Morais, Elsa Quintas, Mariana António e Elaine Caiombo. Victória Soares, Isabel Bernardo, Celina Silva, Elisa Basolva, Rosa Cecília, Nelma Nunes, Liana Costa, Filipa Mapa, Maria de Fátima e Gracieth de Jesus fazem parte da lista das homenageadas. Segundo ainda a coordenadora do festival, as homenagens estão relacionadas com o contributo das artistas no engrandecimento das artes cénicas no país. “Umas são artistas da velhaguarda, outras serão homenageadas pela coragem de dirigir grupos teatrais, bem como a persistência nesta arte, apesar das dificuldades”, apontou.
Sinopses
Eis as sinopses de algumas peças em cartaz durante o festival: A peça “A Grande Questão”, do grupo Enigma Teatro, do género sátira retrata aspectos intrínsecos à cidadania, como o resgate dos valores cívicos. Trata-se de um romance que coloca a capital, Luanda, bem como os seus habitantes nas barras do tribunal, a fim de serem julgados e condenados, tendo em vista a relação amorosa que ambos mantêm. “Manana”, do grupo Protevida, (adaptada do livro do escritor Uanhenga Xitu) conta a estória de uma menina da cidade, confrontada com os costumes, revelando a contradição das ligações do campo e da cidade. A peça teatral “Quero engravidar”, do grupo Colectivo de Artes Sol, retrata a vida de uma herdeira e descendente de uma fortuna inestimável, que procura engravidar a qualquer custo, para dar continuidade ao nome da família, após descobrir que tem pouco tempo de vida. Por sua vez, a peça “Falácia” narra os problemas causados nas relações conjugais pelas ligações telefónicas.