O jornalista português, Ricardo Costa, pediu desculpas, em rede nacional, depois de acusar, sem provas, que a UNITA teria negociado os resultados das eleições gerais de 2022 com o MPLA em troca da institucionalização das autarquias.
A acusação gerou forte indignação, especialmente entre os apoiantes da UNITA, com Adalberto Costa Júnior, líder do principal partido da oposição angolana, a pedir um direito de resposta ao canal de televisão e o seu representante em Lisboa, Edgar Kapapelo, a enviar cartas ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro Luís Montenegro e ao ex-primeiro-ministro António Costa, solicitando que a verdade fosse reposta.
Ao se retratar, Ricardo Costa esclareceu que não houve qualquer negociação entre a UNITA e o MPLA. O que de fato ocorreu, segundo ele, foi uma pressão dos Estados Unidos para que a direção da UNITA e da FPU evitassem os protestos nas ruas, optando por esperar a promessa de institucionalização das autarquias.
A pressão, contudo, não se traduziu em um acordo ou submissão, mas apenas em uma escolha estratégica de evitar o agravamento de tensões.