O coordenador do partido político PRA-JA Servir Angola defende um projecto de sociedade e não um projecto de poder, que permita que os partidos políticos que forem vencedores dos processos eleitorais nos próximos 50 anos sejam guiados por uma agenda política nacional de modo que se venha a materializar a sociedade numa só, apesar do partido que esteja a governar.
Abel Chivukuvuku, ao defender a sua tese, aclarou que, sem desmerecer os precursores da luta de independência nacional, que além de terem lutado pelo poder para si mesmo, enquanto autóctones e donos da terra, deviam ter igualmente traçado um projecto não apenas de poder, mas sim de sociedade.
Para si, passados 50 anos deste merecido alcance que ceifou a vida de milhares de angolanos, é chegada a hora de todos os actores, quer sejam políticos, igrejas, sociedade civil, jornalistas e todas outras forças vivas da sociedade, sentarem-se à mesma mesa para traçar esse plano político nacional de modo que se venha a criar de facto um projecto de sociedade.
No seu entendimento, nesse plano, apesar de os contendores políticos irem mudando à medi- da do tempo, é imperioso que trace uma baliza para que estes venham a governar sobre este mote, sem que necessariamente deixem de apresentar os seus argumentos ou estratégias políticas, económicas, sociais e culturais para o bem- estar do povo angolano.
Para esse experimentado político cuja génese é a UNITA, a qualidade dos processos políticos nas suas diferentes vertentes são directamente proporcionais ao nível de participação dos seus cidadãos e só desse modo, o país cresce sob o signo de um projecto de sociedade.
Por outro lado, em relação à plataforma política Frente Patriótica Unida (FPU), através da qual foi eleito deputado à Assembleia Nacional no pleito de 2022, junta- mente com quadros da sociedade civil e do Bloco Democrático, independente do cenário que for apresentado para a contenda de 2027, cada um deles deve apresentar-se forte de modo que em bloco possam ‘derrubar’ o seu principal adversário político, o MPLA, partido vencedor dos cinco processos eleitorais realizados no país desde a abertura do pluripartidarismo.
Vale lembrar que no passado dia 15 de Janeiro, Abel Chivukuvuku e mais seis integrantes com funções de directivas no partido PRA- JA Servir Angola, endereçou à presidente da Assembleia Nacional, o pedido de suspensão do mandato por força da Constituição da República e demais leis do ordenamento jurídico angolano.