O futebol em Angola é mais do que uma simples modalidade. É uma paixão, uma parte da cultura e uma ferramenta para mudar a sociedade, com sentimento de pertença, factor de identidade e unidade nacional.
A presença de jogadores angolanos em ligas europeias deve continuar a ser uma meta para os dirigentes desportivos em Angola. Com isso, os jogadores angolanos têm a oportunidade de se desenvolverem num ambiente mais competitivo, ao mais alto nível técnico do futebol mundial e, quando são convocados para a Selecção Nacional, conseguem executar na plenitude as funções em campo, sem perder a leveza e a objectividade.
O investimento em academias de futebol e infra-estruturas desportivas para o desenvolvimento de jovens talentos deve continuar a merecer uma especial atenção por parte de quem vai dirigir o futebol angolano nos próximos quatro anos. Investir na formação é mais do que um compromisso com os clubes, é um compromisso com a Nação.
É reconhecer o valor cultural e histórico deste país e do seu povo, cuja juventude sonhadora é a chave para um futuro de transformação e sucesso. Unidos pelo futebol e pela educação, podemos semear hoje para colher amanhã uma Angola forte, vibrante e plenamente integrada no cenário continental e global.
Não é segredo para ninguém que a FAF ainda enfrenta alguns desafios de gestão, o que pode impedir uma evolução mais significativa do nosso futebol. Ainda existem questões administrativas e estruturais que devem ser trabalhadas com paciência e muito profissionalismo para garantir um crescimento ainda maior e sustentável.
Por isso, mais do que as palavras de promessas, os três candidatos à presidência da Federação Angolana de Futebol devem transformar as planilhas eleitorais em feitos reais que permitam inverter a dolorosa realidade da corrupção, da falta de mais treinadores de elite, calendarização deficiente das competições nacionais, baixa qualidade da arbitragem, ausência de competições regulares para jovens, baixo fomento e desenvolvimento do futebol feminino, e tantos outros males que continuam a minar os caminhos do progresso da modalidade entre nós.
As limitações financeiras não devem continuar a servir de justificação como obstáculos para o sucesso organizativo do futebol, que vai precisar de dirigentes comprometidos com a causa, sem olhar a proveitos pessoais e interesses de pequenos grupos.
Por: Luís Caetano