Com a peça, no género reportagem, publicada no dia 17 de Maio de 2024, Augusto Nunes conquistou o segundo lugar na categoria Imprensa.
Na avaliação, o jurado considerou a peça, que retrata o estado actual da Rebita ou Massemba (uma dança popular angolana umbigada em vias de extinção), um importante contributo jornalístico que visa promover a sua valorização e preservação para as gerações futuras.
“Esta é uma peça bem elaborada, com uma mensagem relevante para o país, tendo em conta o valor cultural da Rebita, que transcende as fronteiras de Angola”, considerou o jurado durante a cerimônia de premiações que ocorreu no dia 22 do mês em curso, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em Luanda, sob a presidência do secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino “Carnaval”.
Segundo o júri, os níveis de abrangência e de organização do texto que compõe a reportagem são significativos. “Sente-se que o texto resulta de uma pesquisa adequada, significativa e relevante, numa reportagem exclusiva e original”, destacou o jurado.
Em reacção à distinção, Augusto Nunes, em entrevista a este jornal, agradeceu à organização do Prémio Nacional de Jornalismo (PNJ) pela distinção e reconhecimento e sublinhou que tal feito serve de incentivo para continuar a exercer o trabalho com a mesma dedicação e entrega que lhe é característico.
Tendo considerado as dificuldades e limitações que a classe tem enfrentado no exercício jornalístico, o mesmo ressaltou que as premiações demonstram o respeito e a valorização que as organizações da sociedade civil têm dado às actividades dos jornalistas, que a cada dia vão sendo desafiadas por diversas situações difíceis.
“Tendo em conta o esforço que (jornalistas) temos estado a empregar no desenvolvimento das nossas matérias, sobretudo de gênero cultural a nível da investigação, esta premiação demostra o reconhecimento e a valorização do nosso trabalho”, considerou o repórter.
O jornalista, que tem mais de 30 anos de carreira, com passagem pela rádio e imprensa escrita, fez saber que esta é a sua primeira premiação a nível nacional, sendo que noutras ocasiões terá conquistado distinções com repercussões locais e algumas homenagens em eventos particulares.
Preparação de outras reportagens
Com a distinção, Augusto Nunes assegurou que continua engajado no seu trabalho, em contribuir para o desenvolvimento da sociedade, especialmente na vertente cultural, publicando matérias que possam servir de impulso para a valorização e preservação dos aspectos culturais da nação.
Apelo à responsabilidade profissional
Aproveitando a entrevista, Augusto Nunes deixou uma palavra de incentivo a todos os jornalistas de forma geral, especialmente àqueles que estão a marcar os primeiros passos na profissão.
Frisou que “os prémios são consequências do bom trabalho” e por isso “os jovens não se devem focar em conquistar prémios”, sem se deixar enfraquecer pelas barreiras que vão se impondo nas suas actividades laborais.
Ressaltou que o jornalista deve estar focado em “fazer o seu trabalho com respeito, rigor e responsabilidade profissional”.
Sobre Augusto Nunes
Augusto Menongue Nunes, de 53 anos de idade, é natural do Lubango, província da Huíla, e nasceu a 20 de Maio de 1969.
É repórter sénior do Jornal OPAÍS há mais de 15 anos, colocado na editoria de Cultura, onde se tem dedicado à elaboração de peças jornalísticas profundas, de género reportagem, com carácter investigativo.