Administração municipal de Moçâmedes, através da direcção de Saúde, está a reforçar as acções de prevenção e combate à malária, numa altura em que a época chuvosa aumenta o registo de casos.
No ano passado, o município registou 94 mil e 887 casos de malária e 21 óbitos, o que preocupou a direcção de saúde e levou a intensificar as acções de sensibilização.
Assim, de Janeiro a Novembro do ano corrente, a localidade registou 91 mil e 629 e 14 óbitos. O ano não está terminado, mas há uma baixa significativa nos números.
De acordo com a directora municipal de Saúde de Moçâmedes, Adelina Capanda, as intervenções estão a ser direcionadas à população em geral, sobretudo nas comunidades mais vulneráveis.
As actividades têm como finalidade não só reduzir os focos de proliferação de mosquitos, mas também sensibilizar as populações para a importância das medidas preventivas.
As acções tiveram início no final do mês de Agosto, e a direcção municipal de Saúde tem vindo a realizar várias campanhas de limpeza nos bairros como Forte Santa Rita, Valódia e Saidy Mingas, bem como a eliminar criadouros de mosquitos e a criar a consciência colectiva da promoção do saneamento básico.
Em paralelo, foram identificados focos críticos nas localidades do Valódia, 5 de Abril e Eucaliptos que permitiram acções mais centralizadas, garantindo uma resposta imediata às situações de risco.
Ainda no mesmo período, segundo a directora de saúde, foram distribuídos cerca de 500 mosquiteiros impregnados com inseticida, a gestantes, idosos e mães com recém-nascidos, em várias localidades de Moçâmedes, assim como realizadas várias consultas de rastreio, que facilitaram a detecção precoce da malária, assegurando o tratamento em tempo útil.
Adelina Capanda sublinhou que os trabalhos realizados até agora demonstram um impacto positivo na redução dos casos de malária, destacando o empenho das equipas técnicas e o envolvimento da população.
“Temos priorizado a identificação e eliminação de criadouros, a sensibilização comunitária e a melhoria no acesso aos serviços de saúde, acções estas que têm garantido um maior controlo da doença, sobretudo em zonas mais afectadas pela chuva”, frisou Adelina Capanda.
A directora municipal da saúde apelou ainda à participação dos munícipes, destacando a importância do engajamento colectivo, no intuito de reduzir o número de casos registados a nível da jurisdição.
De modo que a sua equipa venha a reportar cifras baixas na luta contra a malária, apelou também para que as famílias continuem a adoptar as medidas de prevenção e que sejam agentes disseminadores da boa informação, tendo em conta que cada gesto preventivo salva vidas.
Disse ainda que, no âmbito da supervisão e capacitação, os laboratórios clínicos públicos e privados passaram por avaliações técnicas, e os Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS) foram formados para actuar junto das comunidades, disseminando informação e promovendo práticas seguras.