Os novos órgãos sociais compreendem três frentes: a Mesa de Assembleia-geral, que tem como presidente o escritor Boaventura Cardoso, vice-presidente Lopito Feijóo e secretário David Capelenguela, este último empossado no mês transacto como novo membro efectivo da Academia.
Na direcção, Paulo de Carvalho, que alemeja ver o seu mandato renovado, concorre como presidente, Cornélio Caley vice-presidente e António Quino secretário-geral, função que desempenhava na direcção anterior, assim como outros membros presentes na lista para trabalhar no quadriénio correspondente a 2025/2028.
Fazem ainda parte da direcção José Octávio Van-Dúnem, como presidente do conselho científico, Maria Helena Miguel, empossada recentemente, como vogal, Irene Guerra Marques, também agora empossada, como suplente, e José Mena Abrantes, igualmente suplente.
O Conselho Fiscal está representado por Carmo Neto, como presidente, Aníbal Simões, relator, Fátima Lima Viegas, secretária. Por sua vez, a Comissão Eleitoral, que tem como presidente Roberto de Almeida, Virgílio Coelho, secretário, anunciou a candidatura de apenas uma única lista, isso a 27 do mês transacto, Setembro, acompanhada do respectivo programa e regulamento eleitoral.
O também escritor Virgílio Coelho, em conversa com este Jornal, disse que só há uma lista que foi apresentada, dirigida pelo anterior presidente, que vai concorrer a mais um quadriénio, que propõe os órgãos sociais já referenciados com um novo conselho fiscal.
“Os preparativos estão a correr bem, conforme o normal num acontecimento como este. Na próxima sexta-feira, a partir das 15h00, esperamos que os membros da AAL compareçam para votar.
Se, entretanto, nesta hora indicada não tiver um número necessário para que a cerimónia se faça, ela é transferida imediatamente para uma hora depois, no caso às 16h00”, começou por explicar.
O escritor sublinhou que, no caso daqueles que não poderem comparecer para o devido procedimento, são aconselhados a escrever para o presidente do conselho eleitoral, Roberto de Almeida, a justificar o motivo, claramente especificado, sendo-lhes permitido indicar alguém para o representar, uma vez que esta é uma forma de organização que existe internamente.
“Até agora tem estado a acontecer, houve um ou dois membros que não vão poder estar presente, mas já comunicaram ao presidente, indicaram o nome de outras pessoas de sua confiança que vão poder representá-los, votando em seu nome”, salvaguardou.
Única lista a concorrer
Questionado sobre a participação de uma única lista a concorrer para as eleições, justificou que, a par de muitos terem uma agenda apertada, o trabalho feito pela direcção anterior tem sido praticamente bem-aceite pela maior parte dos membros, o que, ao seu ver, tendem a dar uma oportunidade para que possa continuar com os trabalhos desenvolvidos.
Sobre os trabalhos desenvolvidos, entre os vários destacou a questão da assinatura do acordo ortográfico, um assunto que está a ser tratado pela AAL, que considera merecer a atenção do Governo, já que defendem que só deve ser ractificado se, entretanto, as estruturas competentes tiverem em conta as particularidades linguísticas e culturais do país.
“Portanto, foi feito um razoável trabalho, pediu-se para que a AAL pudesse trabalhar e desenvolver a sua actividade. Ela é bem conhecida hoje, interna como externamente.
Então, se houvesse outro alguém que quisesse candidatar-se, certamente achou por bem não o fazer agora, porquanto estava a ser feito um bom trabalho”, constatou. Sobre os outros projectos que não tenham sido desenvolvidos, aclara que tenha sido por falta de condições.
“Esse é o meu ponto de vista, de alguém que lá esteve sempre e viu o que foi feito, o que não foi feito e o porquê de não foi feito. Neste caso, a equipa que esteve a dirigir a direcção anterior fez um trabalho aceitável, no mínimo, para não dizer bom ou muito bom”, aclarou.