Estes cidadãos nacionais foram apresentados ontem, segunda-feira, na sede do SIC, sendo seis por crime de furto de materiais de construção civil, avaliados em mais de 100 milhões de kwanzas, pertencente a uma empresa chinesa, e duas mulheres por crime de receptação do respectivo material.
Os seis indivíduos, com idades compreendidas entre os 21 e 27 anos, aproveitando-se da qualidade de funcionários dessa empresa chinesa, localizada no complexo comercial Cidade da China, foram subtraindo de forma fraudulenta e faseada grandes quantidades de material de construção civil, e entregavam às referidas receptadoras.
Estas, por sua vez, compravam os produtos e revendiam na praça do Kikolo e do Luanda-Sul. “Mediante buscas de informações relativamente ao grupo que tem uma rede criminosa que vendia materiais com proveniência duvidosa, o SIC deteve em flagrante delito, pelo crime de furto, seis homens, e pelo de receptação duas senhoras”, disse Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC-Geral.
De acordo com o porta-voz, a empresa não tinha conhecimento dessas ocorrências no interior dos armazéns, sendo que o SIC, depois de decretar quantidades elevadas de materiais de construção em posse dos referidos acusados, mediante um trabalho de inteligência criminal, determinou-se que estes estavam afectos a uma empresa que comercializa estes tipos de produto.
Já na empresa, numa conversa com os gestores, se pode aferir pelo sistema de videovigilância que os jovens destacados na área do armazém, no período da manhã, tão logo abrissem a loja, alugavam viaturas para levar os materiais como se fossem de clientes.
“Os implicados no crime de furto eram da área do armazém, ou seja, faziam entrega dos materiais já facturados, então, aproveitavam-se desse acesso. E aqui destacar que o cabecilha dessa rede é um ex-funcionário dessa empresa, de apenas 21 anos de idade”, sustenta.
Já as senhoras sabiam da proveniência do negócio que vendiam no mercado informal, ou seja, elas faziam parte da rede. O SIC deteve estes indivíduos de forma sequencial, alguns no complexo comercial da Cidade da China e outros nas suas residências nos municípios de Viana e Cacuaco.
Em posse dos indivíduos apreenderam 950 mil kwanzas, saídos da venda dos materiais, bem como cinco motorizadas colocadas no serviço de táxi e outros bens de uso pessoal. Já em posse das senhoras foram apreendidos os materiais de construção lá encontrados.
“A empresa chinesa teve em prejuízo mais de 100 milhões de kwanzas calculados preliminarmente. Ainda não tiveram tempo suficiente para fazer a inventariação do quanto eles perderam exactamente”, disse o porta-voz.
Os implicados serão conduzidos ao Ministério Público e, na sequência, ao Juiz de Garantia, pelo que Manuel Halaiwa apela aos operadores económicos que fiquem mais vigilantes nas suas acções de trabalho para não sofrerem fraudes.
POR:Stélvia Faria