A opressão académica refere-se a situações em que estudantes, professores ou funcionários de instituições de ensino enfrentam pressões, discriminação, abusos de poder ou outras formas de injustiça dentro do ambiente académico. Tendo em conta os conceitos de termos apresentados, quero levar-vos a uma abordagem diferente, referindo-me, apenas, aos estudantes.
Ora vejamos: Muitas das instituições, públicas ou privadas, oprimem seus estudantes, como? Sim, com aprendizagens não reflexivas, ou seja, os estudantes nessas instituições são ensinados a não reflectirem de acordo.
O ensinamento é à base de memorização e não ao pensamento mais profundo e crítico. Engraçado, não?! Sim, quando um estudante não é estimulado à aprendizagem reflexiva e é apenas submetido a uma abordagem de ensino que enfatiza a memorização superficial ou a repetição de informações sem um entendimento mais profundo, isso pode ser considerado uma forma de opressão acadêmica.
A aprendizagem reflexiva envolve pensar criticamente, questionar ideias, fazer conexões entre diferentes conceitos e aplicar o conhecimento de maneira significativa.
Quando os estudantes são privados dessas oportunidades e são apenas incentivados a seguir um modelo de aprendizagem mecânica e superficial, isso pode limitar seu desenvolvimento intelectual e criativo, e até mesmo afetar negativamente sua motivação e autoestima.
Para evitar a opressão dos estudantes, os professores e instituições educacionais podem adotar algumas práticas e políticas que promovam um ambiente mais saudável e inclusivo.
Aqui estão algumas sugestões: Promover a empatia e compreensão: Os professores devem estar atentos às necessidades individuais dos estudantes, mostrando empatia e compreensão em relação às suas dificuldades. Incentivar a comunicação aberta: Criar um ambiente onde os estudantes se sintam à vontade para comunicar as suas preocupações, seja em relação à carga de trabalho, questões pessoais ou qualquer forma de opressão que estejam a enfrentar.
Oferecer apoio emocional e académico: Disponibilizar recursos de apoio emocional, como aconselhamento psicológico, e académico, como tutorias e orientação educacional.
Promover a diversidade e inclusão: Incentivar a diversidade de pensamento, cultura e experiências na sala de aula, garantindo que todos os estudantes se sintam representados e respeitados.
Rever as políticas educacionais: Avaliar constantemente as políticas institucionais para garantir que não contribuam para a opressão dos estudantes, incluindo prazos realistas, avaliações justas e medidas contra o assédio.
Ao adotar essas práticas, os professores e instituições podem criar um ambiente mais acolhedor e favorável ao bem-estar dos estudantes. Se precisares de mais orientações ou suporte, estou aqui para te ajudar.
Portanto, é importante que as instituições educacionais promovam práticas pedagógicas que incentivem a aprendizagem reflexiva, ofereçam espaço para debate e discussão, e apoiem os estudantes no desenvolvimento de habilidades críticas e analíticas que são essenciais para um aprendizado eficaz e significativo.
Por: Reis Simão
Referências bibliográficas: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa; https://dicionario.priberam.org › opressão nome feminino; 1. Acto ou efeito de oprimir; 2. Domínio ou força que reprime ou submete; Dicionário online português define “opressão” como “acção de sujeitar alguém a alguma coisa”.