Ao administrador municipal do Cubal, Paulino Banja, coube, recentemente, proceder à inauguração da escola primária BG4007 Comandante JIKA, ampliada e requalificada, circunscrita no Programa Integrado de Desenvolvimento Local de Combate à Pobreza.
A antiga escola dispunha apenas de duas salas e foi ampliada para 7. O estabelecimento escolar comporta área administrativa, sala destinada a professores, entre outros compartimentos.
Nas paredes, estão pinturas a ilustrar mensagens de apelo à conservação do meio ambiente e a do património público ora postos à disposição para mais de 500 crianças.
A professora Cecília Paulo explicou, em declarações à imprensa, as dificuldades por que passam no processo de ensino e aprendizagem até sexta-feira, 14, no dia em que se mudaram definitivamente para a nova escola.
A educadora salienta que, em tempo chuvoso, eram obrigados a paralisar as aulas, associado ao facto de, por ser ao ar livre, as crianças distraíam-se facilmente.
“Havia vezes que as crianças não ficavam atentas. Se passar uma pessoa conhecida, elas assim já ficam sem prestar atenção”, sustenta.
Momentos depois, o administrador municipal, Paulino Banja, acompanhado do representante do director da educação, Sidónio Sindi, transferiu, simbolicamente, as crianças de debaixo de árvores, nas salas improvisadas, para as definitivas, a parcos metros de distância, onde o governante prevê um ensino com mais qualidade.
O director da escola, Domingos Henriques, disse que a escola ora inaugurada vai absorver 530 alunos a serem orientados por 22 professores, tendo, pois, reconhecido as dificuldades por que passavam, fundamentalmente, em períodos chuvosos. “Era mesmo muito complicado dar aulas naquelas condições”, admite.
O responsável salienta que, apesar da escola posta agora à disposição, há ainda muito trabalho pela frente, daí ter sugerido a construção de mais salas de aula, pelo menos duas, para absorver outras dezenas de crianças.
Na óptica dele, a Comandante JIKA não vai, por si só, absorver todas as crianças, porém considera ter sido dado um passo significativo.
O administrador municipal do Cubal, Paulino Banja, sustentou que a ampliação e, consequente, reabilitação da escola surge na sequência de um pedido feito por uma aluna da quarta classe na altura, em sede de uma audiência a ela concedida, na qual implorava uma acção das autoridades administrativas.
Uma criança marcou a audiência e explicou ao administrador sobre as péssimas condições da escola”, sinalizou o administrador, ao salientar que, depois de ter ouvido a menina, que agora frequenta a sexta classe, reuniu o conselho de auscultação, tendo havido, por isso, a necessidade imperiosa de reabilitar a escola, a fim de conferir mais dignidade.
“Nós comprometemo-nos em materializar o interesse público. É claro que os recursos são escassos, em face ao mar de dificuldades.
Queremos aqui fazer um pedido aos pais a preservar essa escola”, pediu o governante, admitindo a existência de mais crianças a receber aulas em situação precária – embora não se tenha referido a números.
Ele assegura, por isso, a construção de mais escolas que, num curto espaço de tempo, devem ser, igualmente, inauguradas para conferir mais comodidade às crianças no município de que é titular do órgão de gestão.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela