A União Europeia (UE) vai ter observadores nas eleições gerais moçambicanas de Outubro deste ano, que incluem a escolha do novo Presidente, anunciou hoje, em Maputo, a presidente do Comité Político e de Segurança da UE.
O anúncio foi feito pela embaixadora Delphine Pronk, após uma audiência com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana, Verónica Macamo, que endereçou o convite à missão de observação da UE.
“O Governo solicitou a nossa missão de observação da UE durante as eleições de Outubro. E gostaria de saudar também a resiliência e a força moçambicana, a força da democracia, a força das instituições”, reconheceu Delphine Pronk, que está a visitar Maputo, recordando o apoio financeiro da União Europeia aos programas de cooperação com Moçambique.
Moçambique realiza eleições gerais em 9 de Outubro deste ano, incluindo presidenciais, às quais já não pode concorrer o actual chefe de Estado e líder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), Filipe Nyusi, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.
As eleições gerais deste ano em Moçambique, que se seguem ao conturbado processo eleitoral autárquico de Outubro de 2023, cujos resultados eleitorais foram fortemente contestados pelos partidos da oposição e organizações da sociedade civil, vão custar quase 20 mil milhões de meticais (289 milhões de euros), anunciou este mês a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
“O orçamento actualizado para suportar as despesas da realização das sétimas eleições gerais, presidenciais e legislativas e das quartas dos membros das assembleias provinciais e do governador da província, marcadas para 9 de Outubro do corrente ano, é de 19.993.186.146 meticais”, referiu o CNE, em comunicado.
Deste montante, mais de 6,5 mil milhões (95 milhões de euros) já foram disponibilizados, acrescentou.
Segundo o porta-voz, do total de votantes previstos, 16.217.816 estão em Moçambique e os restantes 279.685 no estrangeiro.