Casos de utilização de munições químicas norte-americanas foram registados no decorrer da operação militar especial, declarou nessa Segunda-feira (19) o chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, Igor Kirillov.
Segundo ele, duas instalações nos EUA ainda armazenam compostos reactivos altamente tóxicos que ficaram após a destruição das reservas declaradas de armas químicas americanas.
Os EUA deveriam ter completado a destruição das reservas declaradas de armas químicas em 2007, mas o fizeram apenas em 2023, observou Kirillov em comunicado. “Os Estados Unidos ainda retêm compostos altamente tóxicos após a destruição de agentes químicos nas instalações em Blue Grass (Kentucky) e Pueblo (Colorado)”, disse o tenente-general russo.
Kirilov disse que as Forças Armadas da Ucrânia usaram repetidamente substâncias tóxicas contra soldados russos. Como exemplo, Kirillov citou o uso, em 19 de Agosto de 2022, de um produto químico tóxico que é um análogo do agente de guerra químico B-Zet incluído no Anexo 2 da Convenção sobre as Armas Químicas e Biológicas (BWC, na sigla em inglês).
Todos os documentos que estão à disposição do Ministério da Defesa da Rússia, confirmando os factos de violações pelos EUA e pela Ucrânia das disposições da Convenção sobre Armas Químicas foram entregues ao Comitê de Investigação da Rússia para a tomada de uma decisão processual, disse ele.
Uma substância semelhante, segundo Kirillov, foi descoberta em 28 de Janeiro de 2024 durante uma averiguação operacional num esconderijo no território de Melitopol.
“A substância tóxica estava em frascos com a inscrição Biosporin em língua ucraniana.” Kirillov observou que Kiev está a desenvolver uma táctica de “cinturão químico especial”, que envolve a detonação de recipientes com ácido cianídrico e amónia durante o avanço das Forças Armadas da Rússia.
De Setembro a Outubro de 2023, os produtos químicos foram entregues em Kramatorsk e Kupyansk para serem colocados ao longo das estradas, afirmou o chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas, Igor Kirillov.