A nova direcção do mercado da Avó Mabunda, no distrito da Samba, está a fazer o cadastramento das vendedeiras por sectores, para melhor organizar e controlar o recinto de venda de peixe. Até ao momento, já foram cadastradas 913 vendedeiras e a meta é atingir três mil, segundo o administrador, Jeremias Lucas
Um dos maiores mercados de peixe da cidade capital, a Mabunda, é um local histórico e caminha a longos anos com vendedeiras da velha geração que procuram passar o seu legado às mais novas que querem abraçar esta actividade como fonte de renda.
Pela primeira vez na sua história ganha uma nova gestão, e privada, neste caso, a empresa PRILURB. Segundo Jeremias Lucas, actual administrador, o processo de cadastramento dos vendedores do mercado para o reordenamento do comércio, permitiu registar 913 vendedeiras.
Este número poderá aumentar para mais de 3 mil, uma vez que reconheceu que a maior parte dos vendedores ainda se encontra fora do mercado e outros a mostrarem uma certa resistência às mudanças implementadas actualmente.
“Após o cadastramento, recebem um passe válido para um ano, com o objectivo de identificar as vendedeiras e facilitar no processo de reordenamento do mercado em sectores.
Para o cadastramento, os requisitos necessários são duas fotografias e uma cópia da cédula ou do Bilhete de Identidade ou do cartão de baptismo”, disse.
Esta medida vai permitir que os beneficiários tenham uma bancada, de um metro e meio ao quadrado, paguem uma taxa diária de 500 kwanzas, enquanto as zungueiras de 100 kwanzas e a cozinha de 600 kwanzas.
“Quem vende fardo terá um local específico, cozinha, marisco, empreendedores e a área do peixe terá maior espaço, respectivamente”, disse.
O responsável fez saber que apesar de estarem a trabalhar há pouco tempo, a facturação diária do mercado ronda os 200 mil kwanzas por dia, pelo que pretende se empenhar mais para que a meta seja alcançar os 500 mil.
Jeremias Lucas considera importante manter o diálogo com os integrantes do mercado, ouvir as pessoas que estão lá há mais de 20 0u 30 anos, passar a visão da nova administração sobre as desvantagens da desorganização e as vantagens da organização.
“Temos de ter a coragem de dizer que precisamos de organizar a Mabunda, mas começando por ouvir as pessoas, porque colhemos ideias e, ao mesmo tempo, permitimos que as mesmas façam parte da resolução dos próprios problemas”, admitiu.
Em termos de conservação do pescado, as pessoas já podem fazer no mercado da Mabunda, porque agora têm disponíveis quatro contentores frigoríficos para dar resposta às necessidades de tratamento e conservação do pescado.
Considera que estão criadas todas as condições para que as pessoas singulares e empresários possam investir no mercado da Mabunda, na medida em que estão acautelados os problemas de iluminação, segurança e saneamento básico.