Administrador da bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) garante condições para operacionalizar processo de Oferta Pública de Venda e Oferta Pública de Subscrição que deve começar ainda em Fevereiro
Trata-se da ACREP, entidade que avançou para duas operações numa sentada. Uma primeira de Oferta Pública de Venda e uma segunda de Oferta Pública de Subscrição, como soube o OPAÍS da direcção da BODIVA. Na Oferta Pública de Venda (OPV) coloca um pouco mais de 300 mil unidades a venda, portanto, 30% das acções, enquanto na Oferta Pública de Subscrição (OPS) coloca 600 mil unidades a venda.
A diferença entre as duas, soube o OPAÍS da BODIVA, é que a Oferta Pública de Venda trata de acções que já existem, enquanto a Oferta Pública de Subscrição trata da venda de acções que ainda não existem, mas que em caso de necessidade, ou de avidez do mercado, serão criadas. “O prospecto já prevê a criação destas acções para o caso de haver muita procura”, explicou a OPAÍS o técnico da BODIVA Heriwalter Domingos, que acrescentou que este movimento é normal já que o histórico mostra que há quase sempre mais procura que a oferta de acções.
O interlocutor, que usou o caso da oferta do Banco Angolano de Investimento (BAI) como exemplo, explica que com esta oferta de subscrição não se vai voltar a ter uma situação parecida. “O BAI recebeu muitas ofertas, mas teve de limitar a sua arrecadação ao que estava limitado no prospecto”, rematou. Esclareceu que sempre que se avançou para Ofertas Públicas de Venda, registou-se uma oferta inferior ao tamanho da procura.
Tendo isso em conta, o prospecto da primeira petrolífera em bolsa trata de criar condições para que o emitente não termine o processo com a ideia de que podia ter oferecido mais.Um sinal evidente que, com a dose certa, as entidades podem usar os mecanismos da bolsa para atingir metas pontuais num cenário em que podem melhor controlar.