O Comando da Polícia Nacional no Talatona, realizou, nesta quarta-feira, 30, em Luanda, um encontro de auscultação com os gestores e responsáveis de estabelecimentos bancários, com o objectivo de fazer um diagnóstico para compreender melhor a problemática dos roubos e furtos dentro ou à saída das instituições bancárias
O problema dos assaltos e roubos dentro e nas imediações das agências bancárias tem sido o calcanhar de Aquiles para os efectivos da ordem pública, situação que resultou na realização de um encontro de auscultação com os gestores e responsáveis de estabelecimentos bancários com a intenção de colher informações de interesse policial.
A comandante municipal de Talatona, Goreth Fernandes, que liderou o encontro, disse que, nos últimos dias, a Polícia tem feito um trabalho de redimensionamento do patrulhamento em função da situação operacional e das várias ocorrências que tem registado.
“Há um conjunto de informações que nós já temos vindo a recolher, nos últimos dias, mas foi necessário também reunirmos com os gestores destes estabelecimentos bancários, para compreender aquelas informações que, de certeza, as agências têm, mas não chegam ao conhecimento da Polícia”, disse a responsável.
Segundo a comandante, actualmente o município de Talatona registou uma melhoria significativa em relação ao número de ocorrências ligadas a crimes, mas pretendem melhorar cada vez mais, tanto a Polícia como os prestadores de serviços, as empresas de segurança e outros actores neste processo. Admite que pretendem trabalhar em coordenação, com o objectivo de se materializar um ser- viço de segurança mais eficiente ao nível dos estabelecimentos bancários, e não só.
O encontro foi bastante interessante, reconheceu, na medida em que conseguiram recolher informações importantes que irão ajudar as operações da Polícia. “Depois deste encontro, o passo a seguir será uma reunião com as empresas de segurança, visando abordar questões ligadas à performance dos profissionais, bem como a qualificação dos serviços de segurança a nível destes estabelecimentos”, disse, tendo acrescentado que a problemática do sistema de videovigilância não será posto de parte.
A entrevistada reconheceu que, neste encontro, foi revelado que muitos circuitos de câmaras das instituições bancárias são deficientes, carecem de melhoria, um elemento que, funcionando, ajuda bastante o trabalho da Polícia, para além de inibir, em muitos casos, a actuação dos malfeitores.
Gestores bancários e seguranças falam em défice de patrulhamento Uma das grandes preocupações apresentadas pelos gestores bancários foi o défice de patrulhamento da Polícia Nacional ao longo deste perímetro, situação que, de acordo com a comandante, foi devidamente acolhida e há um mês que foi melhorada a ronda. Fez saber ainda que o patrulhamento é feito na modalidade visível e em baixa visibilidade.
Por outro lado, o chefe do departamento de segurança do banco BIC, João Silvestre, manifestou-se preocupado com a insegurança, tendo em conta os casos que têm ocorrido a nível da cidade capital, quer em zonas suburbanas quer nas urbanas. “Nós, às vezes, temos excesso de horário de trabalho, quando os funcionários saem o risco é maior. Falta sobretudo presença policial, por isso queremos mais policiamento de proximidade e um acompanhamento milimétrico no sentido de acautelar outros riscos”, disse o responsável.
A falta de policiamento tem si- do visível ao nível dos bancos que dirige, até mesmo na sede em Talatona. Aqui, teve de entrar em contacto com o chefe de serviço do sector para que juntos pudessem articular o método de actuação, porque também registavam roubo de placas de viaturas, para além dos assaltos de clientes à saída das agências bancárias que cresciam.