O director dos Portos e Infraestruturas, João Silva, anunciou, ontem, em Luanda, que a partir de Janeiro de 2024 a digitalização passará a ser obrigatória para os portos nacionais situados nas diferentes províncias
Segundo João Silva, que falava durante o 1º Conselho Técnico da Agência Marítima Nacional (AMN), no âmbito da transformação digital do sector portuário e logístico, em curso no país, já aderiram à chamada Janela Única Portuária (JUP) os Portos de Luanda, Lobito e Namibe. A JUP é uma plataforma de atendimento ao cliente via web, cujos objectivos visam aumentar a eficiência dos portos com recurso a tecnologia, assegurar maior fluidez da informação entre os agentes económicos que actuam no sector, simplificar e desmaterializar os processos e procedimentos, reduzir o tempo e custos de carga e descarga de mercadorias.
Ao passar a experiência do Porto de Luanda, o chefe de Departamento de Gestão da instituição, Edson Nunes, disse que a JUP tem facilitado a comunicação entre os diferentes intervenientes, nomeadamente a Adminis- tração Geral Tributária (AGT), Serviços de Migração e Estrangeiros (SME), Capitania, Despachantes, Agentes de Navegação entre outros. A adopção da tecnologia tem levado à diminuição de tempo de levantamento das mercadorias por parte dos despachantes e a tramitação de todo o processo burocrático com a documentação, tendo Edson Nunes esclarecido que, de cinco dias, agora em 30 minutos já se emite a factura do Porto.
“Hoje, com a JUP, toda e qual- quer relação com o Porto de Lunada é só a partir desta ferra- menta”, disse o responsável, acrescentando que a partir de um smartphone se pode aceder a esta plataforma para consulta e pagamentos. O Porto de Luanda é o maior centro logístico do país por on- de passam, anualmente, mais de 80 por cento da mercadoria movimentada via marítima, operando em média, 3 mil 900 navios e 12 milhões de toneladas.
O Conselho Técnico tem como objectivo fornecer ferramentas e conhecimentos para uma melhor operacionalização do sector marítimo e portuário, bem como a partilha de experiências e conhecimentos sobre segurança nas operações marítimo-portuárias, com foco na interface navio-porto.