Angola defendeu, na sexta-feira, durante a 74ª Sessão Executiva do Comité de Comércio e Desenvolvimento, em Genebra, Suíça, a necessidade urgente de se adoptarem medidas e investimentos para acelerar os progressos nos Países Menos Avançados (PMA), conforme previsto no Programa de Acção de Doha.
Numa declaração apresentada durante o evento que decorreu de 20 a 23 de Novembro, a Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas e de outras Organizações Internacionais referiu ser necessário ajudar os PMA a se recuperar dos choques recentes e reforçar as suas capacidades de resistência a choques futuros.
Angola congratulou-se ainda com o trabalho continuado da organização no sentido de ajudar os PMA a formular estratégias holísticas para reforçar as capacidades produtivas, impulsionar a transformação estrutural, a redução da pobreza e o crescimento económico inclusivo.
Por outro lado, Angola subscreveu as declarações da Tanzânia, em nome do G77 e da China, em que a Namíbia, em nome do Grupo Africano, e do Nepal, em nome do Grupo dos PMA, agradeceram ao secretariado pelo relatório oportuno e abrangente sobre as actividades levadas a cabo pela CNUCED em apoio à implementação do Programa de Acção de Doha para os PMA.
Angola: país piloto do programa de apoio holístico
Angola, com apoio do Programa Conjunto UE-UNCTAD denominado Train for Trade II, financiado pela União Europeia, se tornou no país piloto do programa de apoio holístico, multissectorial e plurianual destinado a promover as capacidades produtivas e a transformação estrutural.
“O Programa holístico apoia a diversificação da economia angolana e das suas exportações, em conformidade com as prioridades do Governo angolano. O Programa Holístico está também a ajudar o Governo de Angola a desenvolver estratégias nacionais e quadros jurídicos e a implementar uma série de reformas económicas e fiscais para melhorar o ambiente empresarial e promover investimentos sustentáveis”, lê-se na nota.