O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, avisou, ontem, que Washington “não hesitará em agir” militarmente contra qualquer organização ou país que se sentisse tentado a expandir o conflito no Médio Oriente entre Israel e o Hamas.
Poucas horas depois de o Pentágono ter anunciado o reforço da sua presença militar na região face às “recentes escaladas do Irão e das suas forças afiliadas”, Austin deixou uma mensagem na ABC News “àqueles que procurem alargar o conflito”.
“O nosso conselho é: ‘Não façam isso’. Preservamos o nosso direito de nos defendermos e não hesitaremos em agir em conformidade”, declarou.
Os Estados Unidos anunciaram, no Sábado à noite, um reforço militar no Médio Oriente em resposta às “recentes escaladas do Irão e das suas filiais” na região.
Um sistema de defesa anti-míssil de alta altitude e várias baterias de mísseis terraar Patriot serão instalados “em toda a região”, e mais meios militares foram colocados em estado de “pré-implantação”, anunciou Lloyd Austin, em comunicado.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou, ontem, os Estados Unidos e Israel que a situação “pode tornar-se incontrolável” no Médio Oriente se não puserem “imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza”. “Hoje, a região é como um barril de pólvora (…).
Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que se não puserem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região pode tornar-se incontrolável”, afirmou Hossein Amir-Abdollahian, numa declaração em Teerão com a sua homóloga sul-africana, Naledi Pandor.
A comunidade internacional receia um alastramento da guerra entre o movimento islamita Hamas e Israel, e um maior envolvimento do Hezbollah libanês, aliado do Hamas apoiado pelo Irão.