“Transformar a educação em factor de desenvolvimento sustentável e de cidadania” é o tema que vai predominar a terceira edição do Fórum Pan-Africano para uma Cultura de Paz e Não-Violência, também conhecido como “Bienal de Luanda”, que Angola vai acolher de 12 a 14 de Outubro de 2023
O director Regional para a África Central da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Paul Coustere, garantiu, ontem, em Luanda, que o tema educação estará no centro de abordagens na terceira edição da Bienal de Luanda. O evento, que será organizado pelo Governo de Angola, em parceria com a UNESCO e a União Africana (UA), vai decorrer sob o lema “Educação, Cultura de Paz e Cidadania como Ferramentas Para o Desenvolvimento Sustentável do Continente”.
Paul Coustere prestou estas declarações à imprensa no final de uma audiência que lhe foi concedida pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote. Na ocasião, o representante da UNESCO referiu que a escolha do tema educação surgiu na sequência da Cimeira Internacional das Nações Unidas sobre a transformação da educação, realizada em Setembro último. Por outro lado, garantiu o apoio da UNESCO aos países para a integração deste tema.
“A UNESCO está a trabalhar para que o tema ‘educação como factor de desenvolvimento sustentável e de cidadania’ seja integrado nos sistemas escolares”, disse. A audiência com a ministra de Estado para a Área Social serviu para analisar as condições e o plano de trabalho referentes à realização desta Bienal de Luanda. O encontro serviu igualmente para rever os termos do acordo entre o Governo de Angola e a UNESCO, conducente à organização e realização da Bienal de Luanda, o modelo institucional de governação da referida actividade e o projecto de formação doutoral em engenharia, ciência e inovação.
As actividades paralelas que serão desenvolvidas na véspera da realização da Bienal, nomeadamente o Festival Internacional do Kongo (Festikongo), edição 2023, também foram passa- dos em revistas. O Fórum Pan-Africano ou Bienal de Luanda foi instituído pela decisão n.º 558/XXIV e adoptado na 24.ª Sessão da Assembleia de Chefes de Estados e de Governo da União Africana, que orientou o Governo de Angola para a sua materialização em concertação com a UNESCO e a União Africana.
De acordo com os promotores, a Bienal de Luanda é uma importante plataforma de discussão e concertação transfronteiriça, que tem como objectivo promover as acções que contribuam para o fortalecimento do movimento Pan-africano e a manutenção de uma cultura de paz e não-violência no continente e no mundo. Isso ancorado nas aspirações da União Africana, ou seja, no compromisso de garantir uma África integrada, pacífica e próspera.