Um menor de 4 anos de idade foi achado sem vida e com sinais de espancamento, no interior da residência da sua madrasta, mulher com quem o pai da vítima viveu, durante 19 anos até à data dos factos. António Costa esteve desaparecido por dois dias antes de ser encontrado morto pela família
A história que terminou em morte, no bairro Malueca, município de Cacuaco, teve início no início da tarde de uma Sexta-feira, quando o irmão mais velho da vítima decidiu visitar o amigo, a convite deste, na companhia do seu menor de 4 anos. Os factos, narrados pelo pai de António Costa, Daniel Costa, dão conta que o menor, a pedido do amigo, terá sido deixado sob sua custódia, para que o irmão, em pouco tempo, fosse ao seu domicílio proceder à higienização pessoal.
Daniel Costa, de 48 anos, acrescenta que o filho mais velho, tendo terminado o banho, minutos depois, regressou à casa do amigo, e, de seguida, perguntou pelo irmão. No entanto, foi preocupante ouvir a resposta de que o deixara a brincar sobre a areia e que depois não mais o viu. A preocupação cresceu até forçar os familiares e vizinhos a desencadearem, no mesmo dia, rondas de busca pelo menor. Entretanto, o insucesso foi o único resultado obtido, o que fez com que comunicassem, de imediato, o sucedido ao progenitor, que orientou a relatarem o facto à Polícia.
No dia seguinte, as buscas pelo menino António Costa continuaram. Mas, as operações permaneceram infrutíferas. Foi assim que esta família viu-se obrigada a passar duas noites consecutivas sem saber do paradeiro do seu ente. O pai encontrava-se a cumprir as suas responsabilidades laborais, no posto de serviço. Depois de procurar na Sexta e no Sábado, o dia de Domingo raiou, e, com mais força e ânimo, a família saiu à rua esperançosa para dar seguimento à mesma missão, desta vez com a presença do pai, que acabava de chegar do labor.
Para este, uniu-se ao dono da casa vizinha, onde o filho foi deixado, e juntos procuraram estabelecimentos de cópias, a fim de reproduzirem fotografias para facilitar nas buscas. “Fomos nessa área do Malueca, num cyber para ver se revelássemos algumas fotos que tinha no meu telefone. Mas, encontramos fechado”, contou.
Pai desconfia da própria mulher Enquanto procuravam, incansavelmente, porém, sem êxitos, por alguma casa de cópia aberta naquele dia, Daniel Costa recebeu a ligação de um cunhado a dar-lhe a participação de que, finalmente, a criança foi encontrada, mas, sem vida. O corpo foi achado no interior da sua própria casa, onde vive com os filhos e a esposa, mas, que, na altura, estava fechada, por conta das chaves perdidas. “Saí dali a correr até a casa. O meu cunhado, no dia de Domingo, encontrou as chaves.
Disse que estavam numa obra, debaixo de um pneu. Foi assim que ele abriu, e encontrou o próprio cadáver. [Ele foi encontrado morto] dentro da minha casa”, adiantou, sublinhando que “estamos a desconfiar que seja a madrasta”. Sandra Sebastião, de 41 anos, está a ser vista como a principal suspeita pela morte do menor, pelo facto de esta ser a responsável da casa onde António foi encontrado morto. De acordo com o pai da vítima, a esposa com quem teve três filhos, mas, dois faleceram, encontra-se detida e sob investigação por elementos do ramo da Polícia Nacional vocacionado para actividade forense.
A casa, segundo o pai da vítima, estava sem qualquer pessoa à data dos factos, sendo que a sua esposa e os filhos não estavam, apesar de os ter deixado lá, antes de ir ao serviço. No entanto, disse que a esposa e o seu filho mantinham boas relações, que não davam espaço para desenvolver quaisquer suspeitas de que poderia fazer algum mal à criança encontrada com sinais de espancamento, na região da cabeça, onde sofreu dois golpes, aparentemente, de catana, arranhões nas vistas, e manchas que não soube precisar nas costas.