A 2ª edição da residência artistíca designada “Nzinga”, que teve início em Janeiro, acolhe três artistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs), na galeria Movart e termina a 22 deste mês, com a realização de um open studio
Estão presentes na resindência artística a angolana Oksana Dias, artista visual e grafiteira, a cabo-verdiana Gilda Barros, muralista e grafiteira e a brasileira Jasi Pereira, na área de escultura e arte visual.
Durante um mês, a contar do dia 20 de Janeiro, têm trabalhado para dar segmento ao projecto que junta mulheres no mesmo espaço, a fim de explorarem os seus dotes profissionais.
O objectivo é redescobrir novas formas de lutas sociais através das artes, neste projecto que homenageia a figura de Nzinga Mbandi (1582-1663), que chefiou um exército até os 73 anos de idade, tendo sido uma exímia estratega militar e diplomata astuciosa.
Segundo o coordenador e curador da residência, Marcos Ginguba, embora a residência tenha como foco a vida e obra de Nzinga Mbandi, de um modo geral, ela homenageia a sua figura por ser focada à mulher, dando-lhe a liberdade de trabalhar.
“Nós damos essa liberdade para que elas produzam de acordo com aquilo que vai ser o seu momento, o seu talento.
Mas, essencialmente damos um guia dessa produção, porque temos uma programação que as permite pensar ou idealizar aquilo que elas podem fazer”, explicou.
Mais edições
O curador avançou que, este ano, serão realizadas mais três edições, sendo que a primeira ocorreu no ano passado.
As outras, que totalizam quatro, ocorrerão entre Março/Abril e Maio/Junho.
No final será realizada uma exposição colectiva, na Galeria do Banco Económico, em Luanda, onde têm desenvolvido actividades do género.
“No ano passado, por exemplo, realizamos a 1ª edição e depois conseguimos fazer uma exposição em Novembro.
Desta vez vamos fazer em Junho, que vai juntar trabalhos de todos artistas que vão participar desta temporada”, aclarou.
participantes
Sobre as participantes, explicou que no final de cada edição é lançada uma chamada aberta, onde difundem informações para que os profissionais possam candidatar-se.
Solicitam o portfólio, currículo artístico, carta de motivação e cópia do passaporte para os cidadãos estrangeiros. “Em média acabamos por receber 30 candidaturas.
Na 1ª e 2ª edição conseguimos seleccionar três artistas, mas não tem sido fácil.
Já que temos tido muitas solicitações, que são avaliadas desde a razoável, a melhor e a perfeitamente adequada a participar”, explicou.