A Confederação ameaça paralisar a actividade caso a situação não seja resolvida.
Volvidos 17 meses sem salário e sem qualquer pronunciamento plausível da entidade empregadora, seis trabalhadores do quadro efectivo da (UNACA (Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola) em Malanje, mostram-se agastados com a situação, e caso não lhes forem pagos os salários, ameaçam paralisar a actividade. Além desses funcionários, 14 outros com categorias de presidentes municipais (colaboradores), não recebem salários desde 2011, alegadamente por falta de verbas.
Em declarações à Angop sobre o assunto, o presidente da UNACA em Malanje, António Inácio Manuel, apontou que desde 2011, a gestão do orçamento da instituição passou para a alçada do Ministério da Agricultura, contrariando assim as medidas de descentralização dos salários então em vigor, que determinava que fossem pagos pela Delegação Provincial das Finanças de Malanje, e criou transtornos no processo pagamento dos ordenados.
Referiu que até então, a UNACA, na qualidade de instituição de utilidade pública, possuía autonomia financeira, porém não registava atrasos no pagamento de salários, mas a descentralização que ocorreu em 2011 trouxe esse constrangimento que afecta negativamente no desenvolvimento da agricultura enquanto actividade que contribui para a diversificação da economia.
O responsável ressaltou que em consequiência disso, os trabalhadores são obrigados a funcionar de forma alternada, para que enquanto estiverem de folga possam desenvolver os chamados “biscatos” para sustentar as famílias.