Eles asseguram que a maior parte das frustrações não assumidas por alguns especialistas, normalmente resultantes da falta de domínio nas áreas científicas em que se formaram, têm como origem opções impostas pelos pais.
Os académicos Carlos Francisco, Sandra Mateus, Eduardo Brasão e Carlinho Zassala, aconselharam muito recentemente os pais e encarregados de educação a não imporem os cursos ou as especialidades que os filhos ou parentes deveriam seguir, a fim de se evitarem frustrações no futuro, ao ponto de resultarem em incompetências profissionais.
“Não é bom ter um filho que acha sempre que o curso feito por outrem tem mais valor, só porque ele não domina a sua especialidade” referiram os especialistas de diversas áreas científicas, falando nas vestes de orientadores de vocação profissional.
A orientação escolar e vocacional é um tema que remonta ao século XIX, pois, no início, a referida preocupação começou na vertente profissional, porque havia necessidade orientar a mão-de-obra qualificada para a indústria, conforme lembraram os profissionais. “Esta, tem como objectivo amadurecer os jovens, sendo que tal proeza só se alcança por via do levantamento de muitas informações do indivíduo que escolhe, para que ele tome uma decisão mais madura”, realçaram.
Outro dado adicional bastante invocado pelos académicos é conhecer a pessoa, o que significa estar informado sobre o seu nível de inteligência, sua capacidade de aprendizagem, através dos mecanismos de rápido ou lento poder de compreensão, bem como as suas aptidões verbais, numéricas, além dos seus interesses profissionais, que dá indicativos das respectivas inclinações.
O pormenor da escolha do curso ou especialidade tem vindo a ser abordado num simpósio organizado pela Wandy, uma organização que leva a cabo o empreendedorismo na área das palestras sociais, sobretudo os que têm a ver com a capacitação e orientação académico-científica.
“O importante não é apenas nós querermos fazer o curso que sonhamos, mas ter uma orientação precisa de especialistas da área, para nos ajudar a determinar, se, na verdade, a opção nos vai proporcionar as aspirações desejadas”, sublinhou a mentora de conferências, Inácia Wandy. “Não é bom ter um filho que acha sempre que o curso feito por outrem tem mais valor, só porque ele não domina a sua especialidade”