O historiador angolano Patrício Batsîkama lançou, ontem, em Luanda, no Memorial Doutor António Agostinho Neto(MAAN) a obra Tokoismo: fi losofi a da libertação, um livro dedicado ao malogrado profeta e nacionalista angolano Simão Gonçalves, fundador da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (INSJCM)
Por: Ireneu Mujoco
Lançada em Novembro do ano passado, em Lisboa (Portugal), e que esta Quarta-feira semana foi objecto de uma acesa discussão na União dos Escritores Angolanos (UEA), a obra está dividida em duas partes, sendo a primeira parte; “Para uma Teologia Tokoista” e a segunda “Filosofia da Libertação”.
O autor faz ainda uma revisão crítica sobre a história do Tokoismo desde 1949, reconstrói alguns conceitos fi losóficos e classifica o pensamento de Simão Toko como a “Higiene antológica” que determina o pensamento do ser humano.
Em breve declarações aO PAÍS, Patrício Batsikama considerou Simão Toco como sendo um profeta que, durante a sua missão de evangelização, implementou um sistema doutrinário que designou de Filosofia da Libertação. Segundo a fonte, esta filosofi a foi feita de 1943 a 1949, e considera-a como sendo também a “higiene ontolóica”, que significa que a existência do ser humano parte do corpo humano como matéria.
É um livro que o seu autor recomenda para ser estudado do ensino primário ate à universidade para se conhecer a obra e vida deste profeta angolano nascido em Ntaya Zulumongo, no município de Maquela do Zombo, província do Uíge.
Para além da vertente teológica o livro narra também o envolvimento de Simão Gonçalves Toco na luta de libertação nacional que culminou com a Independência Nacional, em 1975, referindo que sobre este processo, o líder religioso manteve contactos com os três lideres de movimentos de libertação nacional, António Agostinho Neto, Holder Roberto e Jonas Savimbi.
Para a elaboração da presente obra, o autor começou com as pesquisas em 2012 em vários espaços, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal, e no América Community On Africa em Nova Iorque, onde contactou individualidades que conheceram Simão Toko com o objectivo de ver a questão da Filosofia da Libertação de maneira profunda, fora da religião.