Em 2016, a companhia angolana duplicou o volume de vendas de bilhetes de passagem comparativamente a 2015, cuja cifra até Novembro último já triplicou. Este ano a TAAG ganhou pela primeira vez o prémio “Feather”, atribuído pelo Aeroporto de Cape Town, o que, segundo a gerente de vendas da Delegação da TAAG, representa um motivo de orgulho.
POR: Texto de José Dias e fotos de Daniel Miguel, na África do Sul
A TAAG – companhia nacional de bandeira – regista, desde Dezembro do ano transacto, um aumento significativo no volume de receitas provenientes da emissão de bilhetes de passagens, segundo revelou em entrevista exclusiva a O PAÍS, em Joanesburgo, a gerente de vendas da Delegação da TAAG na África Sul, Nikki Samuels.
À frente do departamento há pouco mais de um ano, após passagens pela Qatar Airways por 10 anos no mesmo cargo, e da Singapura Airways por três anos, como gestora de contas, a sul-africana Nikki Samuels deu a conhecer que em 2016 a TAAG registou um aumento no volume de vendas de 118%, representando o dobro em relação ao mesmo período de 2015. Acrescentou que em Novembro último, esta cifra terá já triplicado. “Dobramos já no ano passado as vendas em número de passageiros.
Em Novembro foi três vezes mais em relação ao ano passado o número de documentos emitidos aqui na África do Sul”, sublinhou a sul africana Realçou o facto de a TAAG ter vencido pela primeira vez, a nível da região austral, o prémio “Feather” do Aeroporto Internacional de Cape Town, atribuído anualmente pela companhia de aeroportos da África do Sul (ACSA) , o que, a seu ver, encoraja a prosseguir com as medidas destinadas à melhoria dos serviços e à subsquente conquista do mercado.
“Estamos muito orgulhosos. Estamos a fazer progressos e a competir com outras companhias ao mesmo nível, para uma empresa relativamente pequena como a TAAG, vencendo as prestigiadas que operam aqui na África do Sul”, sublinhou. “É muito prestigiante, porque premeia os nossos serviços. Nós, TAAG, ficamos no topo, acima de companhias como a Singapura e a Turkish Airways”, frisou. Para Nikki Samuels, a companhia conquista pela primeira vez este galardão que considera o fruto de um trabalho árduo e de dedicação por servir melhor. “Vamos continuar a trabalhar para que outros prémios venham”.
“Não acho que tenhamos um segredo senão o trabalho duro e a dedicação”, respondeu sorridente. Segundo a responsável, a TAAG oferece as escalas mais atractivas em comparação com os seus principais concorrentes. A companhia opera todos os dias para Luanda, a partir de Joanesburgo, e desde 1 de Dezembro, diariamente a partir de Cape Town, enquanto os seus concorrentes voam apenas três vezes por semana, e só a partir de Joanesburgo, razão pela qual as pessoas prefiram os serviços da companhia. Quanto ao acordo de supressão de vistos entre Angola e a África do Sul, Nikki Samuels considera que a medida facilitará a entrada e saída de angolanos e sul-africanos nos respectivos países.
“Há muitos sul-africanos a trabalhar em Angola, e isso torna mais fácil a entrada. Vai encorajar as pessoas a visitar Angola em trânsito para outras paragens”, sublinhou. Entretanto, fazendo uma comparação entre o antes e o depois da entrada em vigor do acordo, assinado a 1 de Dezembro, acha difícil prever em que percentagem subirá a venda de bilhetes de passagem. Quanto à subida do preço dos bilhetes, referiu que no ano passado, no preço dos bilhetes de passagem não estava estava incluída a taxa de combustível avaliada em cerca de USD 150 na classe económica, razão pela qual custavam menos que agora.
“Nós temos de nos manter competitivos em relação aos outros concorrentes e promover lucros para a companhia, tendo em conta também os custos operacionais”, frisou. Segundo a responsável, a TAAG assinou recentemente um acordo com uma agência para promoção da rota Joanesburgo/Havana. Com vista a tornar a companhia mais conhecida, em 2018 a TAAG vai promover uma campanha publicitária em revistas locais na África do Sul para promover os seus serviços, destinos e rotas como Brasil, São Tomé e Portugal.
A campanha de marketing servirá para promover a imagem da TAAG que é ainda pouco conhecida e torná-la mais proeminente como companhia aérea. Segundo Nikki Samuels, a TAAG possui um grande potencial para transporte de carga, que neste momento não está a ser explorado, razão pela qual em 2018 será prestada igualmente atenção ao serviço de transporte de mercadorias.