Guelor Qilumbo, 34 anos, encontra-se detido desde Quinta-feira, por ser alegadamente o líder do grupo de marginais que raptou, roubou e assassinou, em Outubro do ano passado, a jornalista da TPA Beatriz Fernandes e o jovem Jomance Muxito. Segundo uma nota de imprensa enviada ontem à redacção de OPAÍS, uma equipa de efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve o acusado em companhia de outro cidadão, no momento em que se preparavam para cometer outros crimes, em Luanda.
No acto de detenção, os polícias apreenderam cinco armas de fogo do tipo AKM, duas viaturas roubadas entre outros meios não revelados. Refere que a detenção do cidadão da República Democrática do Congo (RDC) só foi possível “após um longo, apurado, paciente e profícuo trabalho de investigação”. O SIC, na referida nota, sublinha que Guelor, como é conhecido em Luanda, é violento e cometia sempre os seus actos sob efeito de álcool e drogas. De seguida, deslocava-se à RDC para comercializar as viaturas e outros artigos roubados e refugiava-se nas províncias mais à norte de Angola para escapar das autoridades policiais.
Atendendo às suspeitas do seu envolvimento em outros crimes, os investigadores acreditam que a sua detenção vai permitir o esclarecimento de vários crimes de roubo qualificado, raptos e homicídios ocorridos em Luanda nos últimos meses. “Os mesmos são suspeitos de co-autoria em vários outros crimes, cuja violência mexeu com o sentimento de segurança dos habitantes da capital”, ressalta o comunicado. Os supostos marginais tinham como preferência condutores de viaturas de marca Toyota, modelos Hilux, Prado, V8, entre outras que lhes eram encomendadas por potenciais clientes que residem na RDC. Guelor Qilumbo e mais quatro cidadãos, entre os quais um angolano apenas, decidiram o destino de Beatriz Fernandes e Jomance Muxito, assim que com eles se depararam, em Outubro último, a bordo de uma viatura Toyota Prado, algures em Viana.
No momento, encontravam- se também a bordo da viatura dois filhos menores de Beatriz Fernandes, que foram abandonados na Via Expresso Fidel de Castro, de onde foram levadas a uma esquadra de Polícia, por um cidadão anónimo. Assim que os investigadores que conduzem a instrução processual concluírem o seu trabalho, os acusados serão transferidos para um dos estabelecimentos prisionais de Luanda, onde aguardarão pelo julgamento. Entre os alegados assassinos de Beatriz e Muxito, quatro já se encontram detidos na cadeia de Viana.