Angola vai dispor dentro de três anos de um Centro Nacional Agro-alimentar (CNA) para confecção, transformação, conservação e distribuição de bens alimentares produzidos localmente, tendo em conta as potencialidades agro-pecuárias do país, informou nesta fim-de-semana, em Luanda, o presidente do grupo italiano Cremonini.
Luigi Cremonini disse tratar- se do maior centro agroalimentar a nível do continente africano, que vai ser construído numa área de 192 mil metros quadrados na zona urbana metropolitana de Luanda e que será operado pela Inalca, empresa do grupo que opera em Angola desde 1980. Produtos como carne, peixe, cereais, farinha, óleo, frutas, legumes, entre outros, fazem parte da lista de bens nacionais que serão transformados e processados neste centro, que prevê impulsionador a produção interna e reduzir as importações no país, segundo o presidente do grupo, citado pela agência noticiosa Angop.
Cremonini, que prestava declarações após o acto de apresentação do projecto de construção do CNA, afirmou que o sucesso do empreendimento dependerá essencialmente do apoio institucional do Governo angolano, que deve criar incentivos dirigidos aos verdadeiros produtores e investidores, com vista a acelerar o processo da produção interna.
O grupo Cremonini, representado em Angola pela Inalca, foi fundado em 1963 e constitui um dos grupos mais importantes do sector alimentar na Europa, actuando em três áreas de negócios: produção, distribuição e restauração, sendo o líder europeu do sector da carne bovina e um dos primeiros produtores de enchidos, operando em mais de 70 países.