Apolónia Airosa, de 59 anos, foi esfaqueada até à morte por um grupo de supostos marginais, este Domingo, 28, no Bairro Popular, em Luanda. Tudo aconteceu às 6 horas da manhã, quando Apolónia ia à casa da sua “irmã em cristo” para juntas irem à igreja, como era de costume, cumprir o ritual dominical.
“Enquanto estava na porta, à espera de que alguém a fosse atender, os marginais apareceram e cercaram- na. Tentaram apropriarse dos bens que levava, tendo-lhe desferido duas facadas”, contou o junirmão mais velho da vítima, Pedro Roberto, vulgo “Púbula”.
Ao ouvir a movimentação estranha no seu portão, o marido da amiga da vítima quis sair para acudí-la, mas ao ver que eram quatro marginais, acabou por desistir, segundo Isabel Cardoso, prima de Apolónia. Já um vizinho do casal, que é militar, fez um disparo de arma de fogo para o ar, na intenção de afugentá- los, mas já era tarde. Um dos golpes perfurou o lado direito do peito, cortando uma das veias que, por consequência, causou uma hemorragia causando-lhe a morte.
Seguidamente, tentaram socorrê- la, mas acabou por morrer a caminho do hospital, deixando quatro filhos e dois netos. “Não sei porquê esses marginais fizeram isso. Ela não tinha muitas posses, vivia modestamente. Vendia fardos, mas teve de parar porque o negócio faliu”, lamentou Belita. Pedro Roberto, irmão da vítima, revelou que o caso está sob alçada da Polícia Nacional.