A delegação, constituída por 60 integrantes entre pesquisadores, técnicos administrativos e estudantes que compõem os cursos da referida faculdade, deixou as instalações da UPRA com destino à Muxima, por volta das 8h00, tendo efectuado uma paragem durante o percurso perto das 10 horas, para o pequenoalmoço.
Antes da partida, Adão Miguel Sebastião disse ao Jornal OPAÍS que a visita de extensão universitária teve como objectivo saber a forma como a população da Vila da Muxima lida com a ciência.
Já no local, fez saber que a equipa procedeu à realização de actividades ligadas a finanças domésticas, psicologia e gestão e contabilidade, no qual aplicaram um inquérito para se aferir a forma como estes dominam a situação orçamental, poupança, consumo, tributo, importância do pagamento de impostos e os impostos que sustentam o sistema fiscal angolano.
Salientou que o inquérito também serviu para analisar como a ancestralidade impacta a população e de que forma devem ser usadas as tecnologias de informação e ainda como estes devem utilizar estas ferramentas.
Referiu tratar-se de um evento que a UPRA já tem realizado, mas que desta vez optaram por incluir os estudantes da FCSHP, para que estes estejam munidos de ferramentas de pesquisa, para que estes possam de forma independente trabalhar a pesquisa e extensão universitária.
A delegação chegou ao local por volta das 11h30 minutos, tendo de seguida mantido um encontro de cortesia com o administrador local para apresentar os objectivos da visita e o número de pessoas que constituíam a caravana.
Posteridade
À saída da administração, posaram para uma foto de família para registar o momento, e depois dirigiram-se num percurso apeado até à escola da vila, acompanhados pelo director municipal da educação, onde se concentraram para o cumprimento da agenda.
Distribuídos em equipas, as actividades iniciaram pontualmente às 13 horas, do qual um grupo andou pela vila para aplicação das pesquisas e um outro centrou-se na gravação do documentário com algumas individualidades como o representante da administradora, o director da educação, o decano e alguns estudantes da UPRA.
Às 15 horas, sob orientação de Adão Sebastião, depois de terem entregue diplomas de reconhecimento a alguns professores, caminharam da escola até à Fortaleza da Muxima, onde nem todos conseguiram subir até ao local por apresentarem algum cansaço e pelo sol ardente que fazia naquele dia.
Após descerem da Fortaleza, dirigiram-se ao mercado da vila para o almoço e, de seguida, subiram nos autocarros para o regresso a Luanda, num percurso de aproximadamente duas horas, iniciado por volta das 17h30 minutos.
Por sua vez, o director municipal da educação na Quiçama, Amadeu Eugénio, agradeceu a presença da delegação, tendo manifestado a certeza de que a visita era uma abertura de outros horizontes e de uma nova parceria institucional que virá alavancar o sector do ensino no município e não só.
Frisou esperar que a universidade, no seu leque de estagiários, envolvesse o município em particular, como alvo para onde possam enviar os seus formandos, para desta forma poder diminuir a carência acentuada de quadros que vivem que é muito acentuada, pois acredita que a UPRA tem muito para oferecer àquela municipalidade.
Manifestou a necessidade de receber apoios no capítulo de formação e capacitação de quadros, para que os estudantes estejam à altura de responder aos desafios do século e em particular do município da Quiçama.
UPRA
A Universidade Privada de Angola (UPRA) é uma instituição de ensino superior angolana privada com sede no município de Talatona, na província de Luanda, possui campus nas cidades de Luanda, Cabinda, Lubango e Moçamedes, cuja génese está no então Instituto Superior Privado de Angola (ISPRA), reconhecido pelo Decreto n.º 58/00, de 15 de dezembro de 2000.
Em 2007, o ISPRA ganhou reconhecimento pelo Governo através do decreto n.º 28/07, sendo convertido em Universidade Privada de Angola (UPRA).
Local visitado
Quiçama é um município da província de Icolo e Bengo, com sede na vila da Muxima, no quadro da nova lei de Divisão Político-Administrativa n.º 14/24, de 5 de Setembro, em vigor desde 1 de Janeiro de 2025.
Segundo as projecções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 45 mil e 262 habitantes, e área territorial de 12 mil e 46 quilómetros quadrados.
Por: Entrevista de Elisa Epalanga
Fotos de estudantes da UPRA