O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público admitiu, em Benguela, à margem de uma actividade promovida pela UNTA-CS, que as condições a que se sujeita uma boa parte de magistrados os têm colocado numa posição «vulnerável», no que se refere a práticas de corrupção e, por isso, «situações de corrupção dificilmente são combatidas».
O presidente do Sindicato considera um perigo ter um magistrado que, por exemplo, não disponha de seguro de saúde para se ir tratar, sempre que apoquentado por uma doença, quando pelas suas mãos passam processos considerados «milionários».
«O magistrado que tem um processo que vale milhões e não tem seguro de saúde, quando está a passar por situação por parte da sua filha. E a parte, que tem condições de movimentar milhões, oferece um seguro de saúde. Não há risco de corrupção?», questiona o sindicalista.
Tem estado em voga, a nível do país, a discussão relativa a alguns casos de magistrados que têm adoptado condutas que ficam muito aquém do que se espera de um defensor da legalidade, de entre as quais se destacam alegados conluios com outros intervenientes da justiça para determinar o curso de uma decisão judicial.
POR:Constantino Eduardo, em Benguela
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