Revendedor adulterava petróleo iluminante e vendia como gasóleo

O serviço de investigação Criminal, nas suas acções de seguimento aos transportadores de combustível que acedem às zonas de compra da sonangol e Pumangol, flagrou um camionista a descarregar o produto num estaleiro clandestino, no município do Cazenga. O dono do estaleiro tem licença para a compra de petróleo, mas está a ser acusado de contrabandear gasóleo adulterado

O revendedor de combustível tem o estaleiro na Comandante Bula, no Cazenga, está licenciado, mas o local não oferece as condições necessárias para o exercício desta actividade, já que não tem sequer os chamados tanques de armazenamento para a descarga de combustíveis.

O SIC verificou que há um acondicionamento acima do limite, e em reservatórios, portanto, já com algum estado obsoleto, e também há fortes suspeitas de que o sítio tem sido utilizado, clandestinamente, para mistura de combustível e a sua venda de forma ilegal.

No local foram apreendidas quatro cisternas e um total de 100.200 litros de petróleo iluminante, tirando também algumas quantidades já misturadas desse petróleo, mas que estava a ser eventualmente comercializado como gasóleo.

De acordo com Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC-Geral, o proprietário, embora esteja em fuga, está identificado, pois tem-se a documentação que lhe permite ter acesso à Sonangol para a compra de petróleo iluminante.

“Há fortes indícios de contrabando, sendo que estes dois camiões aqui apreendidos estão aqui parados há algum tempo, mas a sua rota anterior era Soyo e também MBanza-Congo, portanto, províncias onde tudo fazem para sair este combustível na zona fronteiriça, no sentido de atingir a República Democrática do Congo”, sustenta.

O porta-voz disse ainda que encontraram motobombas que eram usadas para a suposta mistura, em que é adicionada uma substância que ainda está por ser verificada, parece ser inicialmente óleo, que vai permitir a chamada coloração do petróleo iluminante, para fazer parecer que se trata de gasóleo.

No estaleiro existem tanques preparados, com o suposto gasóleo puro, quando na verdade está-se a vender ali petróleo iluminante com a adição de alguma substância ainda por se identificar.

“Este aditivo, ou corante, permite que o produto tenha coloração meio azulada do petróleo iluminante e um bocadinho mais espesso, no sentido de parecer ser o gasóleo. Portanto, há aqui um perigo para as viaturas ou para todas as outras maquinarias cujos proprietários compraram gasóleo neste estaleiro”, disse Halaiwa.

Foi também detido naquele local um cidadão nacional, de 44 anos, que estava em posse desse combustível, fazia trabalho de guarda e eventualmente também era responsável do estaleiro na ausência dos seus gestores.

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